Casos de PolíciaComando Vermelhocorrupção policialDenunciainvestigaçãotráfico de drogas e armas
Alvo de operação hoje, quadrilha do ‘Tribunal do Tráfico’ em Coelho Neto pagava propinas a PMs, diz Justiça

A mesma quadrilha alvo de operação hoje pela Polícia Civil em que é acusada de promover um ‘Tribunal do Tráfico’ na comunidade Proença Rosa, em Coelho Neto, na Zona Norte do Rio, também está sendo processada por supostamente pagar propinas a policiais militares, segundo relatório da Justiça. Ao todo, há 24 réus.
Segundo os autos, os bandidos ofereceram e prometeram vantagem indevida a funcionários públicos, quais sejam Policiais Militares/RJ, a fim de determiná-los a praticar, omitir e retardar ato de ofício.´ De acordo com elementos de informação produzidos, inicialmente a investigação visava apurar uma associação criminosa, vinculada à facção Comando Vermelho, que atuava no cometimento de crimes como tráfico de drogas na comunidade de Costa Barros e no município de São João de Meriti/RJ. Conforme relatório policial, foram efetuadas prisões de dois indivíduos nos dias 30/08/2019 e 05/09/2019, resultando na apreensão de uma grande quantidade de entorpecentes, armas de fogo e cadernos de anotações referentes ao tráfico de drogas da localidade, consoante R.O nº 039-07682/2019. A partir destas apreensões, foram interceptados números de telefone contidos nos cadernos de anotações, identificando os denunciados como supostos integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. Com o decorrer da investigação, foi verificada a existência de um grupo criminoso, integrantes da referida facção criminosa, que atuava de forma interligada em comunidades localizadas nos bairros de Barros Filho e Coelho Neto. Neste particular, segundo dados colhidos, os acusados associaram-se para a prática de condutas de receptação, distribuição e venda de entorpecentes, bem como porte de armas de fogo, sendo certo que alguns possuem atividade de comando e outros apenas atividades secundárias, de menor relevância para a organização. Além disso, as informações colhidas indicam a participação de traficantes em negociações com Policiais Militares do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de oferecer e prometer dinheiro, a título de propina, para que não ocorressem diligências policiais na comunidade, conforme interceptações telefônicas. O relatório cita os vulgos dos traficantes que participavam do grupo como Dudu, Bala, Tom, Negão, Chiquinho, Lágrima, Bebel do Gás, TH, Parazinho, Orelha, Testa, Bodinho, Setenta, RH, além de mulheres. Não são citados os nomes dos PMs suspeitos. |