Após seis anos, PM decide expulsar dois policiais que extorquiram Casas Bahia de Rio das Pedras para a milícia de Campo Grande

Depois de quase seis anos do crime, a Polícia Militar do Rio decidiu expulsar em março de seus quadros dois PMs acusados de extorquir a Casas Bahia de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da capital, a mando da milícia de Campo Grande. O caso foi publicado no Boletim Interno da corporação do dia 19 de março.
Narra a denúncia que a dupla de militares, com a ajuda de uma menor de idade, nos dias 17, 22 e 29/07 e nos dias 13 e 25/08 de 2014, na filial das Casas Bahia situada na Rua Pinheiro, lote 02, 03 e 04, Rio das Pedras, associaram-se em quadrilha armada para a prática de crimes de extorsão qualificada.
O grupo pediu R$ 1.000 para a loja sob o pretexto de realizar serviço de segurança. Primeiro, foram entregues R$ 800 mas os suspeitos retornaram para pedir o restante do dinheiro.
O gerente que sofreu a extorsão se afastou do trabalho e o seu substituto continuou pagando a taxa, sendo que a menor era a encarregada de recolher o dinheiro, se apresentando armada e com um falso distintivo da polícia. Dizia que o dinheiro era para a milícia de Campo Grande.
Dias depois, a exigência aumentou e passou a ser R$ 5 mil. O funcionário disse que não tinha a quantia e teve uma arma apontada para a cabeça. No final, entregou R$ 2 mil.
Antes de ser expulso, o então soldado Renard de Oliveira Santos já havia pego uma pena de oito anos e dois meses de prisão no ano de 2018. Ele está preso desde 2017.
O outro policial envolvido e excluído é o sargento Marco Aurélio da SIlva Henrique, que também foi preso, mas ainda responde a processo pelo caso.