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Assassinato de estuprador dentro de cela em Bangu há 11 anos continua sem sentença. Preso que o enforcava chegou a dizer que estava ‘difícil de morrer’ e mandou chamar inspetor para dizer que vítima tinha caído da cama

Um assassinato de um preso dentro do Complexo de Bangu, na Zona Oeste do Rio, cometido em 2010, permanece sem solução.

O processo criminal foi aberto somente oito anos depois contra cinco acusados  mas ainda está sem previsão de sentença. 

Na madrugada do dia 26/ de Novembro de 2010, por volta das 01h30min, na cadeia pública Jorge Santana, mais precisamente no interior da cela ´B´, os denunciados asfixiaram por constrição mecânica do pescoço a vítima Carlos Alberto Jesus Filho.

´Na noite do fato, o preso vulgo Borog, após se aproximar da cama na qual a vítima repousava aplicou-lhe um golpe estrangulamento ´gravata. 

Em seguida, LO e Julinho também passaram a estrangular a vítima, tendo, inclusive, o segundo dito. “Tá difícil de morrer”.

 Diante disso, LO, com a vítima agonizando, mas ainda viva, passou a esganá-la com a mão direita, só cessando a agressão quando Carlos aparentava estar morto.´

Em seguida, os três primeiros denunciados ordenaram que uma testemunha chamasse o inspetor penitenciário responsável pelo local e desse ciência que a vítima caíra da cama.´ ´

Os três cumpriram as ordens de outros dois detentos tidos como chefe ou presidente da cela. Existia uma hierarquia de comando rigorosa.

O crime foi cometido em razão do motivo que Carlos estava preso: acusação por estupro. 

Como é notório, pelas regras de experiência comum, crimes contra a dignidade sexual, especialmente o delito de estupro, não são tolerados pelos demais detentos, principalmente aqueles integrantes de facções criminosas. No caso concreto, a ´pena de morte´ é estipulada para pessoas que praticam essa espécie de crime sendo executadas durante o cárcere.´ ´

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