Autoridades paraenses conseguiram manter longe do Estado preso que antecedeu Léo 41 na presidência do CV-PA e estava cotado para voltar a comandar a facção. Bandido foi pego em 2020 quando estava a caminho do RJ. Tinha ligação com narcotraficantes colombianos

As autoridades do Pará conseguiram manter na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR) o ex-presidente do Comando Vermelho do Estado que antecedeu a liderança de Leonardo Costa Araújo, o Léo 41, morto em operação policial essa semana, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
Claudinho do Buraco Fundo ou Mano C era o mais cotado a reassumir cargos de liderança na organização criminosa já que ostenta extenso currículo no mundo do crime.
Ele foi preso em 2020 na cidade de Sete Lagoas, em Minas Gerais, quando se preparava para fugir para o Rio de Janeiro.
Durante o período em que esteve custodiado sob a responsabilidade da SEAP paraense, Claudinho contrariava ordens legais, induzindo ainda os demais internos a fazê-lo, portando-se como mentor de ilícitos confinantes à massa carcerária, atuando como uma espécie de liderança, sendo inclusive suspeito de ordenar mortes extracárcere, cujas ordens estariam sendo repassadas através de seus advogados, sendo assim considerado de alta periculosidade e com grande poder de articulação intra e extracárcere.
As autoridades daquele estado argumentaram que seu retorno ao Pará poderia fortalecer o Comando Vermelho, por sua grande influência negativa, pois é sabido que as facções criminosas almejam prosseguir com suas atuações, bem como revidar ao rigoroso tratamento dos procedimentos adotados pela SEAP durante os anos de 2020/2021/2022.
Claudinho é traficante de drogas e armas e possuía estreitas relações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC. Constam informações de que ele seja capaz de movimentar grande quantidade de armas e drogas, não só em território nacional, como também no exterior.