Casos de PolíciaComando Vermelhohomicídios

Bandido (CV) condenado a 30 anos de prisão e processado por cinco homicídios continua a solta em SG

Marcelo da Silva Souza, o Marcelinho da Roça, integrante do tráfico no Complexo do Anaia, em São Gonçalo, é réu em ao menos cinco processos por homicídios e mesmo assim continua solto. .


Um dos crimes atribuídos a Marcelinho ocorreu no dia 19 de abril de 2014 na Rua Zila Mendonça, em frente ao nº 62, na localidade conhecida como Barracão, no Bairro Santa Luiza.


Marcelo e comparsas desferiram disparos de arma de fogo contra a vítima Patrick dos Santos Figueiredo, causando-lhe as lesões descritas no laudo de exame de corpo delito de necropsia as quais foram a causa eficiente da morte da vítima.

Nas mesmas circunstâncias de tempo,  os mesmos tentaram matar Petherson dos Santos Figueiredo, realizando disparos de arma de fogo contra o mesmo, porém, por circunstâncias alheias às suas vontades, consistente no fato de que os tiros não o atingiram de forma letal, não conseguiram consumar o homicídio, mas causaram-lhe lesões corporais.

Consta dos autos que as vítimas moravam no Bairro do Jóquei, dominado pela facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA) e que, no dia dos fatos, após receberem um convite de um dos acusados, decidiram ir a um churrasco na localidade conhecida como Barracão, dominada pela facção Comando Vermelho.

Ao chegar ao Barracão, as vítimas foram distraídas por um dos denunciados até a chegada de Marcelo e cúmplices, que passaram a manter as vítimas sob o seu domínio.


Os suspeitos acusaram os rapazes de ´fechar com os alemães´, ou seja, de colaborar com os traficantes da facção rival.

Marcelo deu início às agressões físicas, aplicando cadeiradas nas vítimas, que, logo a seguir foram amarradas com fita adesiva marrom e torturadas.
Percebendo que seu irmão Patrick já se encontrava inconsciente, a vítima Petherson saiu correndo, momento em que foi atingida por disparos de arma de fogo e acabou caindo no chão. Neste momento, Petherson foi novamente alvo de um dos comparsas dos denunciados, ora identificado apenas pelo vulgo Leo Codorna, que lhe desferiu vários tiros.

Após fingir-se de morto e conseguir se levantar em busca de socorro, Petherson foi surpreendido por um dos denunciados que tentou levá-lo para o alto do morro. No entanto, tal ação foi impedida com a chegada da polícia, que viabilizou a remoção de Petherson para o hospital. A vítima Patrick também veio a ser atingida por disparos de arma de fogo e faleceu no local.

Torpe foi motivação dos delitos, na medida em que seu estopim foi a desconfiança de que as vítimas estivessem repassando informações sobre o tráfico de entorpecentes para a facção rival.


Marcelo foi condenado por esses crimes a 30 anos de prisão.

Outro caso relatado ocorreu em 18 de janeiro de 2014, por volta das 22 horas, na Rua Manuel Duarte, no Bairro Pontal, o grupo ligado a Marcelo matou Gilberto da Silva Pinto, vulgo “BT”, e ainda tentou executar André de Souza Carvalho Lemos, mas, por razões alheias às suas vontades, não conseguiram consumar o homicídio. Consta dos autos que a vítima Gilberto e os denunciados faziam parte da mesma facção criminosa sendo que aquela exercia a função de “frente” na localidade de Santa Izabel.

Visando ao domínio das bocas de fumo pertencentes a Gilberto, o grupo ligado a Marcelo planejou a execução a vítima. Vale destacar que a vítima André não pertencia ao tráfico, sendoapenas um amigo de Gilberto.

Assim, no dia do crime, os acusados pegaram Gilberto e o seu amigo André em um veículo preto, sob o argumento de que os levariam a um baile. Após simularem haver um pneu furado, aqueles pararam o veículo, momento em que foi desferido um disparo de arma de fogo na cabeça da vítima Gilberto, que se encontrava à sua frente, no banco dianteiro do carro. Logo após, os bandidos tentaram agarrar a vítima André que tentava fugir, mas não conseguiram, eis que esta saiuem disparada. Aqueles ainda tentaram atirar em André, mas as armas não funcionaram. .

A motivação do crime praticado contra Gilberto é torpe, uma vez que cometido para conquistar os pontos de venda de entorpecentes por ele dominados. O homicídio foi cometido à traição, eis que a vítima (Gilberto foi alvejada por trás, de forma desprevenida, sem ter qualquer visualização do ataque. A tentativa de homicídio contra André teve como objetivo eliminar a única testemunha do homicídio de Gilberto.


Em mais um crime cometido por Marcelo e comparsas, a vítima foi amarrada, teve seu dedo mínimo amputado e sofreu equimoses, escoriações e queimaduras antes de ser alvejada pelos disparos de arma de fogo.

A vítima Alexander Alves de Oliveira era usuária de drogas e possuía envolvimento com o tráfico de drogas de Santa Izabel. Diante da suspeita por parte dos denunciados de que a vítima estaria repassando informações sobre o tráfico de entorpecentes para a polícia e para uma facção criminosa rival acabou sendo executada. 

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo