Casos de PolíciaPrimeiro Comando da Capital

Braço-direito de Marcola (PCC) que foi preso no Rio pediu para ficar em casa por causa do coronavírus

Preso em Arraial do Cabo no ano passado, Décio Gouveia Luiz, o  Décio Português, apontado como um dos braços direitos de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), queria moleza.


Sua defesa solicitou prisão domiciliar a ele por conta da pandemia do coronavírus. Argumentou que ele é portador de doenças diversas doenças preexistentes, sendo tratado tanto por medicamentos fornecidos pelo Estado ao sistema prisional e pelos que são levados pela própria família, sendo, portanto, também considerado parte do grupo de risco instaurado a partir pandemia de COVID-19. 


Por fim, para subsidiar seu pleito, sustentou que a prefeitura de Presidente Venceslau suspendeu o atendimento médico aos detentos em razão da pandemia.  A Justiça negou e o manteve em regime fechado. 


Décio é suspeito de transmitir ordens a membros da organização para matar o delegado-chefe da polícia de São Paulo em 2019.


  Quando posto em liberdade, Décio repassou as ordens para os demais membros do PCC, dentre eles Nailton, vulgo “Molejo”, responsável por organizar a reunião do dia 10 de março de 2019, com a finalidade de planejar retaliações e emboscadas às autoridades de Segurança Pública do estado de São Paulo, em um imóvel no bairro da Cidade de Tiradentes.


Na época, foi apreendida uma carta manuscrita com  ordens de ataques a autoridades da Polícia Civil do Estado de São Paulo, dentre eles, o Delegado Geral da Polícia, Dr. Rui Ferraz Fontes, além de dois investigadores de polícia.

 Décio cumpriu pena com “Marcola”, maior liderança da facção criminosa e, segundo o apurado, dele recebeu ordens para assumir um dos Comandos da Facção. .

Ele exercia função de comando em uma de suas células, também é, supostamente, responsável pela lavagem e ocultação de bens, direitos e valores da facção criminosa, tendo em vista que ocultou a real propriedade de um imóvel adquirido com dinheiro proveniente da facção, utilizando-se do nome falso “Lucas de Souza Oliveira.


No Rio, Décio Português comprou carros e imóveis luxuosos. Ele tinha um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, área rica da zona oeste carioca, avaliado em R$ 750 mil. O imóvel de 213 metros quadrados tinha vaga na garagem para três carros.

Ele também era proprietário de uma residência no valor de R$ 1 milhão em Búzios, litoral norte fluminense. E tinha ainda uma caminhonete Mitsubishi Triton.

No ano passado, foi divulgado pela imprensa que foi achado no celular de Décio um brasão cartel mexicano de Sinaloa e a partir daí passou a ser investigado uma possível ligação da facção com essa organização.

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