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CAC foi condenado a quatro anos após ser preso com arma sem ter porte e com carro roubado em uma abordagem feita logo após PMs trocarem tiros com milicianos em Santa Cruz. Ele usava roupa semelhante a dos paramilitares e ia para uma festa em área dominada pelos criminosos. Já tinha condenação por envolvimento com milícia

Um homem que possui o certificado de CAC (Colecionar, Atirador Desportivo e Caçador) mas não tinha porte e estava armado foi condenado a quatro anos de prisão após ser preso em uma ação de abordagem da polícia em Seropédica em 2021 logo após os agentes da lei trocarem tiros com milicianos. Ele já tinha uma condenação por envolvimento com milicianos. O CAC estava junto com outros três homens que usavam blusas pretas, mesmas vestimentas utilizadas pelos paramilitares que trocaram tiros com policiais antes da abordagem. Na ocasião do tiroteio, um PM acabou morrendo. Foram encontrados com o CAC e os outros três homens, uma pistola Glock calibre .40 com número de série raspado, contendo 15 munições; uma pistola Taurus calibre .40, nº série ACH189279, contendo 10 munições no carregador, assim como outros dois carregadores, um vazio e outro com 10 munições. Todos disseram que iam para uma festa de confraternização em um sítio localizado em área dominada por milicianos. Segundo os autos, os suspeitos eram associados a milícia comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, Narra a denúncia que, no dia 22/12/2021, policiais militares do 27º BPM, receberam solicitação de prioridade de uma guarnição do 24º BPM, que havia entrado em confronto com milicianos que se reuniam no Canto do Rio, área dominada pelo grupo paramilitar liderado por Zinho.Na ocasião, um policial militar do 24º BPM foi atingido por disparo de arma de fogo e veio a óbito. Ato contínuo, os policiais do 27º BPM, que seguiam pela Estrada do Cortume em apoio à guarnição do 24º BPM, depararam-se, no bairro de Santa Cruz, com o automóvel Chevrolet Prisma, de cor branca, onde se encontravam os acusados e realizaram a abordagem do veículo. Na ocasião, quando da realização da busca no interior do automóvel, foram encontradas as armas. O carro era produto de roubo.Segundo consta nos autos, a ocorrência policial também foi registrada na DHBF (RO de nº 861-01244/2021). Neste procedimento, foram ouvidos, além de policiais militares, o total de 16 mototaxistas da localidade conhecida como Jesuítas, que estavam no local por terem sido convocados pelos milicianos para uma reunião, na qual seriam estabelecidas as diretrizes para o pagamento da chamada ´taxa de segurança´, a fim de que pudessem desempenhar seu trabalho. Na ocasião, os mototaxistas afirmaram que os milicianos trajavam vestes pretas, assim como os ora réus vestiam quando foram presos, demonstrando tratar-se de uniforme estabelecido para o grupo paramilitar. Os PMs tinham a informação acerca da existência de um confronto entre dois grupos de milicianos e foram apurar.Chegando próximo ao local que acontecia a reunião, que teria ocorrido num campo de futebol, os policiais capturaram três homens que estavam com rádios transmissores.Posteriormente poucos metros à frente, os policiais teriam se deparado com um automóvel saindo da via próxima ao campo de futebol e os ocupantes desse carro entraram em confronto com os policiais e um agente morreu. Os ocupantes desse automóvel que iniciou o confronto.Logo depois, houve novo tiroteio com homens armados no fundo do campo de futebol, tendo a duração de alguns minutos; afirma que na ocasião o 24º Batalhão de Polícia requisitou apoio, tendo se deslocado policias pertencentes ao 27º Batalhão.No deslocamento ao local do confronto, os policiais interceptaram o carro onde estavam os quatro suspeitos presos. A abordagem se deu no acesso em Jesuítas, o qual é o acesso frequentemente usado da localidade Canto do Rio.Foram conduzidos 16 mototaxistas junto com os três primeiros presos pelos policiais militares na condição de suspeitos; que os policiais acreditavam que eles também eram milicianos Os mototaxistas teriam relatado que a reunião foi realizada por conta da mudança de organização criminosa; que essa nova organização queria estabelecer novas regras; que todos os mototaxistas esclareceram que a reunião foi por esse motivo; que alguns poucos mototáxis ficaram no ponto para dar continuidade ao serviço, mas a grande maioria teve que ir à reunião; que ouviu todos os mototaxistas; que pelas vestes dos presos, dava para ver a diferença, pois os mototaxistas usavam camisas próprias para o seu trabalho e tinham uma preocupação muito grande para esclarecer que não tinham envolvimento com o grupo miliciano; que os mototaxistas relataram que não estavam participando da reunião como integrante, mas sim como vítimas de uma possível extorsão. Na ocasião, chamou a atenção as vestimentas pretas dos quatro presos. Todos os milicianos estavam fortemente armados, portando pistolas, fuzis, granadas etc; Todos os milicianos estavam trajando cortunos, estavam encapuzados, usando gandolas cor preta, e calça cor; que alguns estavam com coletes balísticos Haviam aproximadamente 20 milicianos, disseram alguns mototaxistas. O CAC negou o envolvimento com a milícia, disse que era comerciante, tinha uma loja de roupas, inclusive as camisas pretas que usavam eram de sua grife. Esse CAC já havia tido uma condenação anterior, em 2019, por porte ilegal de armas e uma outra em 2017 em um processo que julgou o crime de organização paramilitar/milícia privada e posse ilegal de arma de fogo. |