Chefão da Penha, Doca (CV) está sendo acusado de mandar matar homem por achar que ele era X9 do TCP e sumir com o corpo

O chefão do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, Edgar Alves de Andrade, o Doca, está sendo acusado de matar um homem que foi considerado por sua quadrilha, ligado ao Comando Vermelho (CV), informante do Terceiro Comando Puro (TCP).
O crime foi cometido em 7 de novembro. A vítima, Douglas Eduardo Figueiredo Miranda, teria sido tirada de sua residência, sequestrada e levada para local desconhecido, onde teria sido executada. Em seguida, o corpo teria sido ocultado.
O caso ocorreu na comunidade Sufoco, no Beco da Esperança, próximo ao Morro Merendiba, no bairro de Olaria.
Conforme as investigações policiais, a vítima não apareceu para buscar seu filho na escola, conforme fazia todos os dias, o que chamou a atenção de sua mãe e de sua ex-mulher e mãe do filho de Douglas.
Ao ir à casa do filho, a mãe se deparou com a residência aberta e toda revirada, e percebeu que aparelhos haviam sido levados, como televisão, fogão, botijão, e a geladeira estava ´arrebentada´, mas não encontrou Douglas. Ao perguntar para os vizinhos e até traficantes da localidade o que teria acontecido, ninguém soube informar nada.
Aos poucos, a mãe e ex-mulher de Douglas ouviram boatos de que o rapaz teria sido confundido com X-9, e por isso assassinado, existindo a informação de que não haveria mais corpo a ser encontrado.
Informações posteriores obtidas pela mãe da vítima indicariam que o crime teria ocorrido por conta da amizade de Douglas com indivíduos conhecidos por Cebolinha e que dois novos moradores da localidade, que seriam de facção rival à dominante à época dos fatos, teriam se aproximado da vítima com o fim de assassinar a dupla
Cebolinha e Perturbado teriam sido mortos enquanto Douglas se encontrava em Cabo Frio com seu filho, por conta de uma licença médica, e à época a vítima soube da morte dos amigos, sentiu o acontecimento e achou ter sido ´livrado por Deus´ por não ter sido assassinado, pois andava com eles.
Pouco após, Douglas desapareceu, havendo a dificuldade da colheita de informações por conta do temor de moradores de falarem das atividades ligadas às facções de tráfico de drogas.
De acordo com os depoimentos colhidos, a vítima não era envolvida com o tráfico, trabalhava como vigilante em firma de segurança, não tinha passagem na polícia, não tinha problemas com ninguém e era um ótimo pai.
A Justiça decretou a prisão preventiva de Doca por conta deste crime.