Chefe da milícia em Itaguaí está entre os 12 mortos
Um dos 12 mortos durante operação na noite de ontem contra milicianos em Itaguaí é o chefe do grupo na Cidade Carlos Eduardo Benevides Gomes, o Cabo Bené.
Bené tinha dez processos no Tribunal de Justiça contra ele, o último deles aberto esse ano por roubo.
Na ocasião, ele e comparsas roubaram um veículo VW/Virtus , documentos pessoais, cartões bancários e um aparelho de telefonia celular da marca Samsung, assim como outros três aparelhos de telefonia celular. As vítimas foram rendidas com armas de fogo, inclusive fuzil.
Era homem de confiança de Wellington da Silva Braga, o Ecko, líder máximo da milícia Liga da Justiça.
A milícia de Itaguaí montou uma estrutura de poder paralelo armado e lucrativo esquema de cobrança compulsória, extorsionária, de quantias em dinheiro a título de ´taxa de segurança´ ou ´arrego´.
A organização criminosa visava precipuamente obter, pela intimidação e violência de suas ações, usualmente armadas, indevida e vultosa vantagem pecuniárias exigida de comerciantes e de moradores em variados bairros itaguaienses, como Ponte Preta, Santana, Vila Margarida, mangueira, Teixeiras, Itimirim, Vila Geny, Coroa Grande, Mazomba, Ibirapitanga, Sase e Chaperó, além de atualmente incursionarem para extorsões em municípios limítrofes, como Mangaratiba e Pirai.
Os milicianos usam até vestimentas semelhantes a da polícia como e coturno e coldre e carros roubados para circular pelas ruas e extorquir principalmente comerciantes.
Os suspeitos são acusados de ameaçar e matar testemunhas como fator de intimidação. Realiza ainda roubos, receptações, sequestros, torturas, ocultação de cadáveres, danos, crimes da lei de armas de fogo.
Cabia a Benevides ordens e orientações para impor, pela violência e intimidação, temor e obediência e extorquir no comércio local, escalando os comparsas que ficariam a frente de tais tarefas essenciais ao financiamento do grupo criminoso que comandava.
