Colaborador do GAECO teria vazado informações de operação contra quadrilha especializada em contrabando de cigarros

Um colaborador do GAECO ( Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro) é suspeito de ter vazado a operação contra uma quadrilha especializada no contrabando de cigarros, que foi deflagrada no ano passado.
Na época da operação, a imensa maioria dos mandados de prisão expedidos em desfavor dos denunciados teve seu cumprimento frustrado pela não localização dos acusados.
Segundo a Justiça, o suspeito, que teria ligação com o jogo do bicho, teria avisado aos denunciados sobre os mandados, o que prejudicou não apenas a colheita de provas, como também “embaraçou a continuidade das investigações contra a organização criminosa”.
Segundo o MP, dias antes da operação, o colaborador teria conversado, via ‘WhatsApp’, com Adilsinho’ , um dos líderes denunciados na Operação ‘Fumus’. A relação entre os dois não seria meramente eventual, já que, em 14/05/2021, ele teria estado na milionária festa realizada por ‘Adilsinho’ no Hotel Copacabana Palace, o que também teria sido comprovado pelos dados extraídos do celular do seu celular após a apreensão.
Em continuidade, no próprio dia da operação (24/06/2021) e nos dias seguintes, o investigado teria demonstrado “especial interesse em acompanhar o resultado” ao acessar notícias sobre a citação operação.
Em 15/06/2021, o suspeito teria realizado pesquisas e visitas ao ‘site’ do COT (Comando de Operações Táticas da Polícia Federal), com sede em Brasília, que participou da operação. Ressaltou o MP que, “até aquele momento, a eventual atuação do COT era informação reservada a poucas pessoas da Polícia Federal” e, naquele dia 15/06/2021, foi justamente a data em que os mandados de prisão e de busca e apreensão da Operação ‘Fumus’ foram digitados,