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Comando Vermelho aterrorizava Casimiro de Abreu com torturas, ameaças, homicídios e roubos

A facção criminosa Comando Vermelho durante um bom tempo (pelo menos entre 2016 e 2018) aterrorizou moradores das localidades de Mataruna, BNH, Santa Ely, ´Perimetral´, ´Casinhas´, Parque Vale do Indaiaçu e ´Centro, na pacata cidade de Casimiro de Abreu, que fica na região das Baixadas Litorâneas.

Não era só tráfico. Os bandidos roubavam, matavam. Havia muitos casos de roubos a propriedades rurais em que os criminosos torturavam moradores, ateavam fogo. 

Houve um incidente em que os traficantes tacaram fogo no braço de um senhor, outro que eles amarraram e queimaram. Eram extremamente violentos.

O líder do crime, Patolino (já preso),  chegou a admitir que matou um elemento na cidade que era da facção, mas que teria subtraído a carga dele. Ele exercia juízo disciplinar sobre os demais membros da quadrilha e moradores  uma vez que, na qualidade de líder da organização, autorizava a prática, bem como praticava diversos crimes violentos contra desafetos e traficantes insubordinados, 

Segundo a Justiça, havia vários procedimentos investigativos para apurar homicídios praticados pelo bando. 

As testemunhas apontaram que o grupo criminoso ostentava vasto poder bélico, o que era utilizado para a manutenção da gerência do tráfico de drogas, e como forma de impor a ´lei do silêncio´, amedrontando os moradores das comunidades que eventualmente se mostrassem insatisfeitos com a atuação da quadrilha.

Um bandido de vulgo BC Grande desempenhava a função de ´soldado´ e ´matador´ da facção criminosa, sendo, inclusive, uma figura temida pelos próprios integrantes do grupo 

Além de coagir as pessoas mediante violência e grave ameaça, a agir conforme a chamada ´lei do tráfico´, os criminosos eram bem ousados e, não raro, trocavam tiros com policiais civis e militares. 

‘Ninguém mais está aguentado mais, tiro contra outra facção, furto em frente ao fórum’, chegou a dizer uma testemunha na época.

Depois que líderes como Patolino e seu sucessor Kill foram presos, o bando começou a agir no sentido de introduzir substância entorpecente, dinheiro e telefones celulares no interior do presídio. Em uma escuta, um bandido chegou a dizer que um celular na cadeia custava R$ 500. 

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