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Comerciante acusado de ajudar milícia de São Gonçalo (guardar armas, receber pagamentos, etc) foi condenado a 5 anos de prisão

O dono de um bar que servia de base para uma das milícias que atuavam em São Gonçalo foi condenado em junho a cinco anos de prisão  mas em regime semiaberto, ou seja, poderá ficar pelas ruas durante todo o dia, indo para a prisão à noite. 

Sérgio da Silva Cunha, o Serginho, foi investigado em um inquérito iniciado em 2017 sobre milícia nos bairros de Engenho Pequeno e Porto Velho, sendo apurado que havia dois grupos diferentes que se comunicavam e dividiam elementos de baixa hierarquia, que praticavam homicídios e extorsões.

Uma das quadrilhas era liderada pelo miliciano Zado, do qual Serginho pertencia. Em seu estabelecimento, ele guardava armas, recebia pagamentos atrasados das extorsões de  comerciantes, taxistas, moradores e guardava carros produtos de roubos ou furtos. No seu bar, foram arrecadados carros, arma e máquina caça-níqueis.A milícia do qual Serginho fazia parte praticava extorsão cobrando comerciantes e moradores, cometiam homicídios de pequenos criminosos e desafetos e exploração de TV a cabo.

Serginho falava com Zado e com seus auxiliares Sandro e Gessinho, auxiliares de Zado.

O bar era utilizado pelos milicianos, seja pelos líderes e ou pelos demais integrantes para reunião e assuntos de interesse da quadrilha.

Há interceptações telefônicas que mostravam que  Serginho emprestava dinheiro cobrando altas taxas de juros,  

Interrogado em juízo, Serginho afirmou que conhece todas as pessoas da milícia e do tráfico, pois tem um comércio de bebidas e lanches; que morava em Engenho Pequeno; que teve que deixar o local porque estava sofrendo retaliações; que seu comércio era usado para fazer reunião e festa de crianças, dia das mães, dia dos pais, que foi agraciado com dois certificados de comerciante do ano conferidos pelo 7º BPM e pela Prefeitura Municipal; que dava dinheiro e alguns outros comerciantes também para os integrantes da milícia em troca de segurança; que recebia quantias de alguns comerciantes e os milicianos recolhiam lá no bar; que alguns milicianos, além da atividade de milicia, tinham outras atividades, como pedreiro; que depois que a Delegacia de Homicídios foi lá fazer busca e apreensão, sofreu represálias do tráfico, que invadiu sua casa e quebrou seu bar; que teve que sair fugido; que a única coisa errada que fez na vida foi comprar uma arma de fogo; que não tem nada a ver com a milicia; que os carros foram deixados pelas pessoas; que conhece todos do tráfico e da milícia porque mora há 59 anos no local; que tinha o estacionamento há 27 anos e pessoas deixavam o carro ali; que não sabia que o carro era roubado; que o interrogando não se recorda quem deixou o veículo Gol, se foi a mesma pessoa que deixou o veículo Pálio. 

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