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Comerciante relata terror imposto por milícia na Penha. ‘Se vira, se não vou metralhar a loja’

Uma milícia aterrorizava comerciantes na Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Os bandidos extorquiam donos de estabelecimentos comerciais, exigindo dinheiro como condição para garantir a segurança destes, sob pena ameaça de morte e de fechamento da loja, praticando este tipo de crime há anos. Uma vítima descreveu detalhadamente a conduta dos custodiados. Disse que é proprietária de uma hamburgueria. No dia 18 de agosto de 2021, no dia de hoje, por volta das 17h, estava em sua residência quando recebeu um telefonema de uma de suas funcionárias que avisou para a declarante que um homem estava ligando para o telefone da loja pedindo dinheiro para pagar a segurança do bairro. De imediato, a declarante ingressou em seu veículo e foi para a loja; a declarante também mandou que as funcionárias fechassem as portas do estabelecimento. Assim que chegou em sua loja, o elemento ligou novamente para o telefone e a declarante atendeu e identificou como sendo gerente da loja e pediu explicação. O homem lhe explicou que estava cobrando o valor R$120,00 e que esse valor a partir de hoje será cobrado por mês. A declarante então falou que não poderia pagar e teria que levar ao conhecimento do proprietário da loja.O elemento falou para declarante: ´Se vira´ caso contrário iria metralhar a loja. A declarante ficou muito nervosa e efetuou uma transferência via PIX no valor pedido em favor de uma mulher chamada Roberta. Após a transferência o homem falou que teria que fazer uma outra transferência no valor de R$ 240,00, como antecipação. A declarante fez esta outra transferência;. Em seguida, o elemento exigiu que fizesse mais uma transferência de R$240,00 pra adiantar para o final de ano. A vítima não efetuou mais nenhum valor e ficou conversando com o homem até chegar na delegacia para pedir ajuda. Depois disso, não recebeu mais nenhuma ligação e o elemento lhe bloqueou. Um homem e uma mulher foram presos e quando ouvidos em sede policial, confessaram a prática dos fatos, relatando detalhadamente a conduta criminosa e esclarecendo que fazem isso há anos. |