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Como funcionava o núcleo do Rio de Janeiro da quadrilha de traficantes de drogas ligadas ao TCP alvo de operação do MPRJ e da PF ontem

Um dos núcleos da quadrilha de traficantes de drogas alvo de operação ontem do Ministério Público Estadual e da Polícia Federal era comandado por Edinho Portugal, que seria um dos destinatários das cargas de armas e drogas apreendidas em rodovias que seriam descarregadas na CEASA (local próximo às comunidades de Acari e Vila Aliança, dominadas pelo Terceiro Comando Puro (TCP).

Como líder do bando, ficava incumbido da coordenação da logística de compra e venda de entorpecentes destinados a Comunidades do Rio de Janeiro e em outros Estados da Federação, além da gerência financeira da malta, feita através de pagamentos a fornecedores, recebimento pelo pagamento e cobrança de devedores da horda.

Sebastião F.O seria um dos fornecedores de material entorpecente da associação (“matuto”), e realizaria, de forma contumaz, a venda direta e a intermediação da venda de drogas aos demais integrantes do grupo criminoso.

Sandro R.S é apontado como responsável financeiro da associação, à medida em que efetua pagamentos, de forma reiterada, pelo fornecimento do material entorpecente que é adquirido no “varejo”, e que, após, é revendido aos “clientes” do grupo criminoso.

Outro braço financeiro da quadrilha é Gabriel à medida em que auxilia o líder Edinho, de forma reiterada, nos recebimentos e pagamentos da organização, e o ajuda, de forma contumaz, a encetar manobras destinadas à ocultar a propriedade, origem e destino do dinheiro ilícito angariado pelo grupo.


Chumbo ou Chumbinho é apontado como responsável por auxiliar no transporte das cargas de material entorpecentes realizado pagamentos aos transportadores terceirizados.


Fabinho PDQ”, também atuaria como na parte financeira da associação, auxiliando o líder Edinho Portugal a lavar os lucros ilícitos angariados com as atividades criminosas.

Josilene M.B, esposa de Edinho, atuaria auxiliando na contabilidade dos valores obtidos e na ocultação da propriedade e origem dos recursos por meio de pessoas jurídicas a ela vinculada.


As investigações tiveram início no dia no dia 03 de novembro de 2019, após a prisão em flagrante de Zalmir Rodrigo de Souza quando transportava em uma carreta o equivalente a de aproximadamente duas toneladas de maconha e 18 (dezoito) carregadores de fuzil modelo AR15.

 Paralelamente, o núcleo de inteligência da Polícia Federal já apontava a chegada de grande carregamento de armas e drogas para o mesmo período com destino a comunidade do Acari.


Em outra abordagem, no dia 08 de maio de 2020, agentes da Polícia Rodoviária Federal prenderam em flagrante Sérgio Custódio Alves, motorista de um caminhão que continha cerca de uma tonelada de maconha, cujo destino também era a Comunidade de Acari.

Segundo informado pelo motorista, a droga seria descarregada na CEASA-RJ, central de abastecimento que fica bem próxima da aludida Comunidade.

A declaração prestada pelo condutor valida as informações de inteligência obtidas pela Polícia Federal acerca da utilização, por traficantes da Favela de Acari, da estrutura da CEASA-RJ para descarregar drogas e armas.

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