Como os PMs investigados por homicídios no MT dificultavam o trabalho de apuração da Polícia Civil

Segundo relatos da Justiça, os PMs investigados na Operação Simulacrum tentavam atrapalhar o trabalho da apuração dos fatos.
Os encarregados do trabalho afirmaram que a polícia judiciária está tendo dificuldade na obtenção de informações
cruciais para o esclarecimento dos fatos, devido à postura apresentada pelo comando da Polícia Militar, com
negativas de cunho protelatório, visando proteger os suspeitos.
Os autos indicam que os agentes, por estarem inseridos nos sistemas de gestão da Secretaria de Segurança Pública
do Estado de Mato Grosso, “deletaram dos sistemas de dados da SESP/MT dados relevantes para a
investigação.
Diga-se, excluíram as imagens do sistema de monitoramento da cidade de Cuiabá, com o fito,
de obstaculizar as investigações, impedindo que os investigadores pudessem ter a dimensão da realidade dos
fatos, verificando os horários de passagem das viaturas…”.
Há a informação ainda, que o livro de cautela de armamentos dos respectivos batalhões foi enviado com rasuras
que dificultam a identificação do armamento acautelado ao policial.
Asseveraram que informações básicas que sempre foram fornecidas pelos batalhões, nos últimos anos,
especialmente após o início das investigações de crimes supostamente praticados por policiais, tais
informações passaram a ser negadas ou obstaculizadas, de modo que a polícia judiciária necessitou da
intervenção do Poder Judiciário.
Alegam que alguns policiais envolvidos nas investigações foram transferidos para outras unidades,
geralmente do interior do Estado, a fim de dificultar a colheita das suas declarações/interrogatórios.