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Como se organiza a milícia de Rio das Pedras e Muzema

A investigação contra a milícia que age nas comunidades de Rio das Pedras e Muzema, em Jacarepaguá, mostra como se organiza a quadrilha. O bando possui um núcleo de laranjas que fornecem suas contas bancárias para recebimento de valores ilícitos e registrando, em seu nome, bens móveis e imóveis, além de sociedades empresariais. Uma mulher, por exemplo, configurava-se como responsável pelas empresas Distac Conservação Planejamento, Controle e Prevenção de Perdas LTDA e Conduta Rio Eventos e Serviços LTDA, que pertenciam a um dos chefes da milícia. O bando possuía um arquiteto, que atua no núcleo imobiliário, tendo como função elaborar projetos de empreendimentos imobiliários irregulares. Também fazia parte deste núcleo, a pessoa responsável por utilizar a associação de moradores de Rio das Pedras a serviço das atividades ilícitas praticadas pelo grupo criminoso. Há também aquele que faz a exploração clandestina dos imóveis e outro que realizava pagamentos periódicos à liderança da organização criminosa em questão como resultado deste tipo de negócio. No caso dos policiais envolvidos, há aqueles que tinham a função de cobrar taxas do comércio local, receber dinheiro oriundo da exploração do serviço de mototáxi e fornecer informações privilegiadas acerca de operações policiais realizadas. Policiais intermediavam o pamento a outros agentes públicos corruptos, e também praticavam agiotagem. Outros seriam os braços armados atuando na vigilância e patrulhamento das comunidades. Outros ficavam encarregados da venda e locação de imóveis . Havia aquele que atuava como soldado agindo sob o comando da liderança em ações armadas, como prática de homicídios. |