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Confira depoimento de um ex-PM que foi sequestrado por traficantes em Caxias quando estava na ativa. Ficou 40 minutos em poder dos bandidos. ‘A todo momento vinha um dizendo que eu ia morrer’

Em 2019, ainda policial militar, M.V.J foi sequestrado por traficantes em Duque de Caxias e ficou entre 30 a 40 minutos em poder dos bandidos.


Em depoimento à Justiça, ele contou os momentos de terror que passou nas mãos dos criminosos.


Ele disse e exercia a função na 1ª UPP da Mangueirinha; que no dia do sequestro estava indo buscar seus filhos, por volta das 19h30min, que era seu aniversário; quando enquanto trafegava foi abordado por três meliantes. Os elementos estavam com armas e em pé na esquina. O local não era conhecido como de tráfico e era abrangido pela UPP, que abarcava bairros vizinhos. 


Os suspeitos elementos que o abordaram o reconheceram como policial, perguntaram se ele estava armado. Achou que não parecia que os elementos iriam o assaltar. 


Estava com o vidro do carro abaixado. Foi identificado como policial logo quando abordado. Os elementos o desembarcaram do carro e o levaram para o alto da comunidade, na localidade conhecida como Lagoinha.Da Lagoinha o levaram para o Bairro 13; que os moradores viram quando ele era transportado mas entravam para dentro de suas casas. 


Os elementos estavam armados com pistolas. O então policial disse  não conhecia os elementos, não sabendo dizer se eram traficantes da região na hora da abordagem.


Depois que o levaram para o Bairro 13 não podia levantar a cabeça; que sempre que tentava levantar a cabeça um dos elementos colocava a arma na sua cabeça e perguntava se ele queria morrer.


Um dos autores do sequestro pediu para o bandido Oclinho para ligar para o chefe. O ex-PM falou que não se recordava do nome do chefe.


Foram chegando diversos bandidos; que quando notou estava cercado por mais de sete, oito bandidos; que a todo momento vinha um bandido e dizia que ele ia morrer.


Não pediram dinheiro; que não estava armado; que não estava com sua identidade funcional; que os bandidos disseram que se a polícia tentasse resgatar iria ser pior; que iniciou-se tiroteio com a invasão da polícia; que um dos elementos mandou ele ir embora dizendo ´mete o pé, mete o pé´; que perguntou por onde iria embora; que o elemento respondeu por onde ele quisesse pois não sabia de onde poderia vir o tiro; que desceu a comunidade e encontrou os policiais do serviço tático; que de lá foi para o batalhão e após para a delegacia.

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