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Conheça o PGC, perigosa facção criminosa catarinense

Aliada do Comando Vermelho (CV), a facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) surgiu em 2003 sob o pretexto de se rebelar contra as condições carcerárias dos detentos de penitenciárias da capital.

Aos poucos, o grupo criou um estatuto que passou a reger suas atividades e uma estrutura de hierarquia e poder bem definidos.

Para atingir seus objetivos, os criminosos se organizam para praticar diversos ilícitos, especialmente tráfico de drogas e crimes patrimoniais.

Parte do lucro das atividades criminosas é destinada a própria facção em forma de ‘dízimo’. Esses valores financiam a matéria-prima (drogas e armas) além da manutenção das famílias dos integrantes presos e até mesmo o pagamento da defesa técnica.

A facção ganhou alarde em 2012 quando se iniciou uma onda de atentados em Santa Catarina. Outras séries de ataques ocorreram nos anos seguintes como resposta ao endurecimento ao tráfico de drogas e a transferência de presos para penitenciárias federais fora do Estado.

Há dois anos foi iniciada uma grande investigação sobre o PGC e foi descoberto que a facção atua em três núcleos:

O Grupo 1 atua nas cidades de Joinville, Porto Belo, Itajaí, Chapecó e Laguna. O Grupo 2 em Balneário Camboriu e Itajái e o terceiro em Florianópolis, Governador Celso Ramos, São José, Biguaçu e Palhoça.

Os principais fornecedores de drogas para o PGC estão localizados em outros Estados, como Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

Os entorpecentes são enviados para Santa Catarina por meio de caminhões atráves de transportadoras, por ônibus com auxílio de mulas, por veículos de passeio e até helicópteros.

A facção subtrai veículos de alto padrão que servem como moeda de troca na negociação por drogas.

Alguns integrantes realizam a clonagem de cartões com intuito de aplicar golpes com os lucros sendo voltados para a organização.

Em dezembro do ano passado, a polícia pediu à Justiça a prisão de 55 integrantes do PGC.

Em junho, foi deflagrada uma operação em 17 cidades e reuniu 200 policiais. Foram apreendidas drogas, armas, celulares, manuscritos e pendrives.

Em agosto, o Ministério Público ofereceu denúncia contra 22 suspeitos de participar da facção.

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