CV buscaria se reorganizar para retomar ataques contra policiais, prédios públicos e bases das forças de segurança no Pará. Em 2022, foram 18 homicídios contra agentes da lei e 16 em 2021. Fuga também foi prevista. Bando tem armas do RJ estocadas no interior sob responsabilidade de assaltante de joalheria na Barra. Até ponto 50 foi pega com os bandidos. Juíza foi ameaçada

Segundo informações da Justiça Federal, há o indicativo que o Comando Vermelho vem tentando reorganizar sua logística para retomar e intensificar os ataques contra os agentes de segurança pública no Pará, inclusive com planos de ataques contra prédios públicos, e até mesmo contra bases das forças de segurança.
Segundo relatos, os ataques a agentes de segurança pública no Estado do Pará, foram 16 homicídios consumados, 18 tentativas só no ano de 2021, além de mais de 200 ameaças à vida e integridade física.
Os atentados se perpetuaram em 2022 quando o servidor Breno Cabral Pinheiro, que é lotado em uma unidade prisional na cidade de Tucuruí-PA, foi vítima de atentado contra sua vida ao visitar seus familiares nesta capital. Pinheiro foi atingido por diversos disparos de arma de fogo e conduzido a uma Unidade Básica de Saúde, sendo imediatamente transferido a um hospital com mais recursos à manutenção de sua vida, evoluindo a óbito.
Só no ano passado, foram 18 homicídios nos quais Polícia Militar (10), a Polícia Civil (02), a Guarda Municipal (03) e Agente Penitenciário (03), além de sete homicídios tentados.
As mortes de agentes penitenciários praticadas pelo CV começaram de fato em 2018, quando o policial penal Adriano Pereira da Silva, foi executado em 12 de outubro daquele ano na saída da Casa Penal de Paragominas.
Relatos de que grande parte das 30 armas enviados por traficantes do Comando Vermelho para o Pará em 2021 estariam guardadas, em sua grande maioria, no distrito de Icoaraci, sob responsabilidade do criminoso Rodolfo Nascimento Silva, o Mãozinha, que foi identificado como participante do assalto a uma joalheria no Shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no ano passado.
Relatório de Inteligência nº 039.2022/ASI/SEAP/PA revelou um grande plano de fuga das unidades prisionais do Estado, juntamente a outros detentos pertencentes a Organização Criminosa (Orcrim) Comando Vermelho Rogério Lemgruber no Pará (CVRL-PA), inclusive já cooptando agentes penitenciários para ajudar no intento, além de estar em sintonia com criminosos extra cárcere, para auxílio no plano de fuga, gerando muita instabilidade ao seguro andamento dos trabalhos nas unidades prisionais.
A polícia apreendeu em 2021 com integrantes do CV-PA durante a série de atentados contra policiais armamentos super pesados como topos fuzil plataforma AR15/M16, pistola, calibre .40, modelo PT 940 de patrimônio da PMPA e metralhadora calibre .50, arma de guerra, utilizada como armamento anti-aéreo.
Além de executar vários policiais penais no ano de 2021, o Comando Vermelho no Pará fez ameaças de gravidade anormal e preocupante à magistrada da Comarca de Cametá, situação que colocou em alerta o Tribunal de Justiça do Estado do Pará e demandou vigilância aproximada para segurança do alvo.
Houve uma articulação no cárcere para que um preso conhecido pela alcunha de “Dote”, custodiado em Presídio Federal, teria recebido a incumbência de assumir a “ Presidência” do Comando Vermelho Rogério Lemgruber no Pará(CVRL-PA), conforme entendimento mantido com Márcio dos Santos Nepomuceno, vulgo “Marcinho VP”, principalmente liderança do CVRL . Em decorrência desta nova aliança, ele já teria enviado um recado a criminosos do bairro da Cabanagem, seu reduto de origem no mundo do crime, informando sobre sua condição, tão logo consiga retornar a solo paraense, não foi possível determinar de que maneira este recado teria partido de um Presídio Federal.
O CV-PA incorporou a facção criminosa denominada Primeira Guerrilha do Norte (PGN), que foi extinta,