CV tinha regras para execução de policiais no Rio

Em 2013, parte da cúpula do Comando Vermelho se reuniu nos presídios Bangu 3 e Vicente Piragibe, no Complexo Prisional de Gericinó.
Na pauta, a situação de um policial civil que foi capturado e levado para dentro da comunidade de Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.
De Bangu 3, veio a ordem para executar o agente da lei com a ressalva de que não poderia haver problema, em virtude de uma fuga planejada da unidade Vicente Piragibe
As reuniões da cúpula eram comuns, mas nem sempre para execução de policiais.
Na época, foi realizada uma perícia no local em que supostamente a vítima teria desaparecido. Ela teria sido arrastada para dentro da comunidade. Foi levada em sua própria motocicleta para dentro da favela;
Um suspeito preso confirmou que havia sido efetuado contado com integrantes da facção criminosa, que estavam presos, para que fosse tomada uma decisão acerca do destino do policial capturado,
No curso da investigação, através de informações obtidas informalmente, foi apontado um local em que os restos mortais da vítima haviam sido descartados,
Segundo relatos, a execução de policiais eventualmente capturados sempre passa pelo crivo da liderança da organização criminosa, pois há receio de operações policiais posteriores, com eventuais autos de resistência; que, se o líder estiver preso, é realizado contato com a cadeia.
Naquela ocasião, a ordem da” mesa “era executar o policial, mas evitar problemas para a comunidade, motivo pelo qual seria necessário sumir com o corpo da vítima,
No caso, havia uma hierarquia: os traficantes líderes do Comando Vermelho na unidade Vicente Piragibe pediram autorização aos líderes da mesma facção que estavam presos na unidade Bangu 3;
Os próprios moradores confirmaram informalmente que os responsáveis pela captura da vítima pediram autorização por telefone…