Casos de PolíciaGuerra entre facçõesinvestigação

Depois de mais de quatro anos, traficantes foram denunciados por morte de cabo eleitoral que achavam que era miliciano. Bandidos torturaram vítima e amigos para obter confissão

Dois traficantes foram condenados no final do ano passado por executar um rapaz no ano de 2016 em Belford Roxo. 

Eles cometeram o crime por acreditar que a vítima era miliciano. Outras pessoas chegaram a ser sequestradas e torturadas pelo bando para forçar a confissão do rapaz. 

Os dois criminosos_ Edgar Santos de Lima e Thiago da Silva Alves_ pegaram um total de 27 anos de cadeia. 
  Narra a denúncia que: “No dia 29.08.2016, na Rua Erotides, no Parque Esperança, subtraíram, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, os celulares e as carteiras das vítimas A.M.S E e E.S.S M. A.M.S era candidato a vereador na época.

Horas depois, os bandidos agrediram E e outras duas vítimas, I.C.S e Alan Biancardi (que seria posteriormente morto) com socos e pauladas com o fim de obter confissão da vítima Alan de que este era integrante de grupo miliciano. Alan era cabo eleitoral de A.M.S

O crime de tortura foi cometido mediante sequestro, uma vez que as vítimas forem capturadas pelos denunciados e levadas a um terreno baldio da localidade, onde deram início ao crime. 

No dia 29.08.2016, em horário incerto, mas entre à 01:30h e 05:00h, no interior da comunidade conhecida como “Roseiral”, os criminosos abriram fogo contra a vítima Alan, que veio a óbito. Ele foi capturado e torturado momentos antes de morrer. O chefe do tráfico da época ordenou o crime e responde a outro processo pelo caso. 

No dia acima mencionado, Alan e amigos estavam desembarcando do quando foram abordadas por três bandidos, que ordenaram todos deitassem no chão. 

Os bandidos revistaram o veículo ocupado pelas vítimas e subtraíram os pertences de duas delas.

Em determinado momento um dos três primeiros denunciados se dirigiu a vítima Alan e disse “Tu é miliciano!”. Com isso, Alan foi levado até um terreno baldio em frente onde todos estavam. 

Logo após, as demais vítimas também foram levadas até o local, onde permaneceram sob a posse dos denunciados.

Já no terreno aproveitando-se da desatenção dos denunciados, a vítima A.M.S conseguiu evadir do local, motivo pelo qual os denunciados passaram a torturar Alan e outros dois amigos.

 Durante as torturas, Thiago pegou o celular da vítima Alan e visualizou fotos do mesmo na companhia de um miliciano da localidade conhecido como “Bombeirinho”, razão pela qual todos foram conduzidos até a comunidade do Roseiral. 

Chegando a comunidade, duas vítimas (um homem e uma mulher)  foram liberadas pelo chefe do tráfico. Porém, Alan foi obrigado a permanecer na favela. 

Momentos após, o chefão ordenou que os demais denunciados executassem Alan Biancardi Moreira, o que efetivamente foi feito. Depois de matarem Alan, seu corpo foi levado para um matagal próximo a comunidade, sendo encontrado no dia seguinte amarrado em uma corda e enrolado numa bandeira do Brasil  

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