Depois de seis anos, PM expulsa três policiais suspeitos de receberem propinas do tráfico em Mesquita

A Polícia Militar expulsou três PMs acusados de receberem propinas de traficantes do município de Mesquita, na Baixada Fluminense, entre os anos de 2015 e 2016.
Os envolvidos utilizavam codinomes para se identificar aos traficantes de drogas, a fim de receberem o pagamento semanal das importâncias ajustadas, que se realizava as sextas-feiras, sábados e domingos, sendo utilizadas em muitas ocasiões, viaturas da Corporação com policiais militares fardados.
Os acusados associaram-se com o objetivo de obter vantagem ilícita, mediante o recebimento de propina para deixar de reprimir o tráfico de drogas, formando uma organização criminosa para esse fim.
O sistema de pagamentos era feito a partir de contatos telefônicos nos quais os policiais se identificavam por codinomes como “Ciborg”; “Peter”; “Traquinas”, etc., quando eram definidos os locais de entrega das propinas, que eram feitas, normalmente, no interior da comunidade ou mesmo dentro dos próprios DPOs para posterior repartição dos policiais envolvidos.
As propinas pagas tinham como contrapartida o fornecimento de informações com antecedência, sobre incursões
policiais no intuito de permitir que os traficantes se evadissem do local, garantindo o mínimo de intervenção no comércio ilícito de entorpecentes.
Os policiais apresentaram condutas desviantes nutridas de resquícios administrativos, absolutamente incompatíveis com a função policial militar, em total inversão de valores muito caros à sociedade, utilizando-se das prerrogativas conferidas por seu cargo, razão pela qual restou inequívoca a incapacidade de permanecer na Corporação.