Casos de Políciacorrupção policialDenunciainvestigaçãomilíciaNotícias

Dezesseis que integravam uma milícia que agia em vários bairros de Duque de Caxias foram condenados em dezembro. Grupo pagava propinas a policiais e explodia caixas eletrônicos. Um dos membros foi aprovado em concurso da PM e aguardava ser chamado

Dezesseis acusados de integrarem uma milícia que agiu durante anos nas localidades de Jardim Primavera, Saracuruna, Vila Urussaí e Vila Aliado, todas em Duque de Caxias, foram condenados no último dia 19 em um processo aberto em 2019. A maior pena foi para o chefe do grupo, vulgo MH,  que pegou sete anos e quatro meses de prisão.

O grupo praticava extorsões, compra e venda de armas, homicídios, usura, roubos de carro e de carga, adulteração de sinal identificador e furto qualificado (explosões a caixas eletrônicos), além de movimentar enorme quantidade de dinheiro oriunda das extorsões que cometiam em face de mototaxistas, motoristas de vans, moradores e comerciantes.

Durante o período de interceptação foram captadas diversas conversas  tendo como teor o pagamento de propina a policiais

O bando subjugava as populações dessas localidades pela força, valendo-se de pesado e vasto arsenal bélico.

 É preciso considerar, por outro lado, a repercussão que a ação dessa quadrilha teve para os habitantes da cidade de Duque de Caxias, sobretudo das comunidades carentes submetidas ao seu domínio direto. 

Policiais envolvidos na investigação disseram que milicianos de Sepetiba e até de Rio das Pedras agiam na região mas acabaram saindo porque existia uma desavença com a liderança exercida por MH.

Para os mototáxis, havia um pagamento semanal de R$ 100,00 e a van a taxa era de R$ 60,00. Donos de depósitos de gás pagavam em torno de R$ 800,00 por semana

Segundo as investigações, a partir das prisões até o final de 2019, o grupo de MH eles se fragilizou e uma 2º quadrilha tentou tomar o local, que tinha apoio de alguns milicianos do Guaporé, na Zona Norte do Rio, e eram chefiados por um miliciano que estava preso.

Teve até um episódio na Praça de Saracuruna, em 2019, em que duas crianças foram baleadas.

Foi revelado também que, dentre os integrantes da milícia responsáveis pelas cobranças aos comércios e residências estava um indivíduo de nome Luan, cuja qualificação não possui, mas foi aprovado no concurso da Polícia Militar e ficou aguardando ser chamado.

Veículos alugados de um aplicativo de transporte eram usados pelos milicianos nas cobranças

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo