Em uma escuta, Faraó dos Bitcoins cobrou em junho a ação de uma execução em bairro de Cabo Frio. Dias depois, empresário sofreu atentado. ‘É para acabar com isso aí, zerar os documentos’. Caso ainda é apurado
Investigação revela que o Faraó dos Bitcoins, Glaidson Acácio dos Santos comandava uma organização criminosa direcionada à eliminação de seus concorrentes no mercado de captação de clientes para investimentos, em uma atividade típica de grupo de extermínio.
Glaidson organizou um setor de inteligência e, em escutas, expressou
quanto ao tipo de resultado que espera de seu setor de inteligência, usando caveiras para tanto.
Em uma interceptação de junho, ele cobrou execução de uma ação no bairro Jardim Esperança, Cabo Frio para ´acabar com isto aí´ e ´zerar os documentos´. Dias depois, aconteceu um atentado contra um empresário de uma firma de bitcoins.
Em uma outra escuta, o Faraó dos Bitcoins Glaidson ordenou a um comparsa que alertasse os concorrentes sobre a violência na cidade e que ela vai aumentar.
Glaidson, que está preso, foi denunciado pela tentativa de assassinato contra o investidor de bitcoins Nilson Alves da Silva, o Nilsinho, ocorrido em março em Cabo Frio.
A vítima teria enviado mensagem para diversos clientes ´investidores´ sobre uma matéria noticiando que a empresa concorrente G.A.S (pertencente a Glaidson). estaria sendo investigada pelo Ministério Público e que deveria quebrar até o fim do ano, sugerindo que pessoas ‘retirassem’ o dinheiro lá investido, pois as contas da G.A.S. seriam bloqueadas, estando, a de Búzios, já bloqueada.
Em escutas, Glaidson cobrou do comparsa chamado Thiago sobre a missão (o ataque a Nilsinho) que teria sido esquecida, oportunidade em que Thiago diz que já está com o ´plano em execução´, ´tudo ok no esquema´ e que ´desta semana não passa´.
Segundo os autos deste processo, haveria monitoramento de diversos outros empresários do mesmo ramo, também com vistas à sua eliminação, demonstrando a escala de violência anunciada por Glaidson.
