Casos de PolíciaDenunciainvestigaçãoTerceiro Comando Puro

Ex-militar que desviava armas e munições do quartel de Agulhas Negras virou armeiro da Tropa da Argentina, braço do TCP em Pinheiral. Veja detalhes da quadrilha que chegou a fazer churrasco para comemorar morte de bandido rival

Um ex-militar que virou réu por desvio de armas e munições na Unidade Militar em que servia até então, no Complexo Militar de Agulhas Negras, situado na cidade de Resende se tornou armeiro da chamada Tropa da Argentina, braço armado do Terceiro Comando Puro (TCP) na cidade de Pinheiral, interior fluminense. 

Conhecido na quadrilha como Soldado possui conhecimento técnico em manuseio de armamento e por isso aproveitaram ele como armeiro. 

Foi abordado várias vezes pela Polícia Militar em atitudes suspeitas, sendo bastante conhecido pelas forças policiais, inclusive pelo seu vulgo.

O chefe do bando, conforme a reportagem já divulgou aqui meses atrás, é o traficante DG ou Messi. Ele é o possuidor do domínio final do fato porquanto superior hierárquico dos demais integrantes e detentor da tomada de decisões que envolva o tráfico de drogas e qualquer outro crime cometido por integrantes de sua facção, tais quais roubo, homicídio, receptação, ameaça e porte de arma de fogo. D

Transcrições das interceptações telefônicas havidas nos autos e mídias em onde cantores de “funk” exaltam sua liderança.

Veja os outros membros

Teteu exerce parte do controle da venda de drogas e outros crimes cometidos pela malta criminosa, vendendo e determinando a venda de drogas e exigindo prestação de contas de determinados assuntos.

“Gustavinho”, apontado como responsável por “recolher” o dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Por vezes, já foi abordado por PMs em poder de quantia considerável em dinheiro em locais conhecidos como pontos de venda de drogas.  Participou determinantemente para o homicídio de traficante de facção rival de vulgo “Gão.

Tinha a mesma função e se envolveu no mesmo homicídio o traficante Pablo.

Após o assassinato de Gão, Pablo chegou ao Morro do Cruzeiro (base da quadrilha) utilizando o veículo usado no homicídio, gritando para a comunidade local que “deixaram fodido mesmo, vai morrer geral do varjão”, palavras de ordem essa ditas como forma de reforçar a hegemonia e poder da facção criminosa e impor medo nos moradores local.

Logo após, houve um churrasco na comunidade para comemorar a morte do traficante rival.

Thiele”aparecia em redes sociais com o comparsa vulgo “Coiote”, o qual foi preso após deflagração da Operação Passadiço. Era um dos principais braços armados da Tropa da Argentina.  Nas redes sociais, apareceu com o sinal 03 (três) com os dedos, exibindo roupas de grifes, joias, bebidas e drogas, como forma de aliciar menores a entrarem para submundo do crime

Ele foi citado por um dos dissidentes da facção que sobreviveu a uma tentativa de homicídio, conforme peças às  como sendo o responsável pela venda de crack no Morro do Cruzeiro, através de seu nome e vulgo. A informação é consistente e se confirma com o histórico de prisões de Thiele, o qual já foi preso em flagrante com grande quantidade de drogas desta mesma natureza.

O envolvimento de Thiele em atividades ilícitas no Morro do Cruzeiro não se limita somente ao tráfico de drogas, mas também a homicídios, sendo inclusive reconhecido formalmente em sede policial por uma das vítimas sobrevivente, S.F.F, a qual reconheceu o próprio como autor dos disparos. A motivação, segundo a vítima seria uma desavença entre Thiele e o ex-marido da moça, o qual estava preso à ocasião. 

Cornel exercia não somente a função de “vapor” como também gozava da confiança dos integrantes da facção, trazendo quantidade considerável de entorpecentes de um município vizinho para abastecer as bocas de fumo do morro do Cruzeiro. Possui diversas anotações criminais pela prática de diversos outros delitos como disparo de arma de fogo e desacato.

Negão” detém posição estratégica organização criminosa, já que em certa ligação interceptada, determinou que liberassem drogas fiado a determinada pessoa. Apareceu em redes sociais com um “emoji” da bandeira da Argentina ocultando parte do rosto para não ser reconhecido por Policiais e por grupos rivais.

Outros oito traficantes, sem vulgo, eram responsáveis pela venda direta de material entorpecente, assim como funções de olheiros e garantidores da “segurança” dos locais de venda de drogas.

Os traficantes locais não costumam permanecer constantemente de posse das drogas, deixando-as no interior de residências onde as forças de segurança somente podem adentrar com ordem judicial.

Também costumam guardar as drogas dentro de veículos abandonados, em canteiros de obras, latões de lixo, matagais ou em qualquer outro local obscuro, porém, de fácil acesso aos traficantes, para que os mesmos possam fornecer aos usuários de drogas que os procuram para a compra.

Para atuarem de forma autônoma, os denunciados contam com a expressa autorização de “DG”, porquanto a diante da execução sumária de traficantes rivais, a venda de entorpecentes somente possível nos domínios territoriais do chefe após sua expressa autorização.

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo