Ex-militares e ex-vigilantes foram cooptados pelo ‘Novo Cangaço’ para participar de assaltos a bancos no interior do país

Na manhã de hoje, 26/10, a Polícia Federal deflagrou a Operação Magia Negra visando desarticular organização criminosa especializada em roubos a bancos.
Na ação, policiais federais de Minas Gerais e do Rio de Janeiro cumprem seis mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da Vara Única da Justiça Federal em Muriaé-MG.
As investigações tiveram início em 9 de junho de 2021, após roubo a agência bancária da Caixa Econômica Federal no Município de Pirapetinga/MG. Na ocasião, o grupo destruiu a agência bancária com o uso de explosivos, amedrontou a população local com disparos de arma de fogo, feriu um caminhoneiro, fez reféns e fugiu em direção ao Estado do Rio de Janeiro, em uma ação conhecida como “o novo cangaço”.
Essa modalidade criminosa geralmente é realizada nas pequenas cidades do interior do País.
Dentre os suspeitos foram identificados ex-militares com habilidade no manuseio de explosivos e ex-vigilantes, todos com antecedentes criminais.
As apurações do delito tiveram início imediatamente após as primeiras notícias, o que permitiu que o local do crime fosse devidamente preservado pelas forças locais, além de auxiliar na coleta de vestígios, dados e informações. Contribuição decisiva para o trabalho dos investigadores federais.
Os investigados poderão responder pelos crimes de roubo qualificado, previsto no art. 157, §2ª A, I e II, do CPB, de integração a organização criminosa, previsto no art. 2º da Lei nº. 12.850/2013 e de lavagem de capitais, previsto no art.1º, §1º, da Lei 9.613/98, com penas que podem somar mais de 31 anos de reclusão e multa.
O nome MAGIA NEGRA faz referência a um dos líderes do grupo.