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Facção responsável pelos ataques no Rio Grande do Norte conta com mais de 10 mil integrantes e recebe drogas vindas do exterior. Saiba sobre como funciona sua estrutura

A facção criminosa Sindicato do Crime, uma das responsáveis pelos ataques ocorridos nesta semana no Rio Grande do Norte, contaria com cerca de dez mil integrantes.

O bando obriga comerciantes a se submeterem as regras de um verdadeiro estado paralelo impostos pelos integrantes da referida facção através da intimidação, ações violentas com ameaças veladas de fechar os estabelecimentos ou até ceifar a vida do cidadão trabalhador e de seus familiares, métodos e estratégias usuais para inibir qualquer possibilidade de formal por parte dos moradores.

O grupo recebe drogas de traficantes baseados em pontos espalhados das fronteiras do Brasil com outros países do continente. O principal fornecedor é um criminoso conhecido como Nem da Abolição.

Chama-se a atenção para o nível de organização da facção que para se ter uma ideia chega ao ponto de treinar e capacitar seus membros para assunção de funções de liderança dentro da quadrilha. 

Tem o disciplina que fica responsável pelas aplicações das “penas” e as cobranças impostas pelas lideranças da organização criminosa. 

Há o contador que tem incumbência de arrecadar as contribuições dos faccionados e fazer a contabilidade do fluxo de caixa (controle das finanças), denominada Caixa d’Água da quebrada.

Tem o conselheiro que delibera sobre assuntos diversos (pessoal, financeiro, segurança, disciplinar, etc) com poder decisório e acesso aos integrantes da cúpula da referida organização criminosa. Ele tem a tomada de decisão a respeito da composição dos quadros da facção criminosa participando do processo de cooptação de integrantes, distribuição das funções além da conscientização das atribuições e responsabilidades de cada um dos novos integrantes de acordo com as regras impostas pelo estatuto da  organização. Ademais, sempre demonstra preocupação quanto a necessidade de ascensão de outras lideranças para compor o quadro de conselheiros visando permitir uma melhor tomada de decisão sobre todas as situações de interesse do SDC-RN

Entre outras atribuições/responsabilidades confiadas ao  cargo o controle do pagamento do caixa, a fiscalização da prestação de contas, a tomada de decisão quanto a implementação de equipamentos de segurança e reforço da vigilância (“olheiros”) no perímetro territorial da comunidade 

O Sindicato possui  vários grupos de WhatsApp, em especial no “Quadro do Morro” e “Sintonia do Morro”, onde se resolvem onflitos ocorridos entre os integrantes da facção com a recomendação de aplicação de sanções/punições para os transgressores que desvirtuaram os interesses da organização criminosa.O operador do tráfico de drogas 

emite alertas aos outros faccionados da obrigação de pagamento do caixa da facção sob pena de os inadimplentes serem impedidos de vender drogas na comunidade, como a Mãe Luiza,  em Natal.

Tem ainda o encarregado pela administração e arrecadação das contribuições pagas pelas companheiras/cônjuge dos presos prestando contas as lideranças da organização. Exerce grande poder de comando e influência sendo o seu principal papel o fortalecimento do caixa da quebrada.

O tesoureiro é o responsável por executar o levantamento do apurado (fluxo de caixa) e a prestação de contas da facção.

O Sindicato do Crime é aliado do Comando Vermelho e rivaliza com o Primeiro Comando da Capital e com a facção cearense Guardiões do Estado (GDE) que começou a entrar em território potiguar.

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