Facções do tráfico e milícias montaram rede de monitoramento de tropas especiais da PMERJ
A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, no início da manhã de terça-feira (21/06), uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) deteve duas mulheres suspeitas de fazerem parte de uma rede de monitoramento montada por facções criminosas com o objetivo de fornecer informações sobre o deslocamento de tropas de unidades especiais da Polícia Militar.
As duas mulheres foram detidas num veículo branco que acompanhava viaturas do BOPE quando teve início o deslocamento da equipe do quartel da unidade, em Laranjeiras, com destino à comunidade de Manguinhos para uma ação de apoio a policiais da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). Com as mulheres, os policiais militares apreenderam 06 telefones celulares, com registros de comunicação com diferentes facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas e milícias. Um homem foi detido posteriormente nas imediações do apartamento alugado pelas duas mulheres nas proximidades do quartel do BOPE, em Laranjeiras. A ocorrência foi registrada na 21ªDP.
Na ação de terça-feira, foram identificadas duas câmeras, uma em um prédio residencial na Rua Pereira da Silva, em Laranjeiras, nas proximidades do BPChq e outra em imóvel próximo ao Batalhão de Polícia de Choque, na Cidade Nova.
A localização dos três envolvidos confirmou uma suspeita levantada pela área de inteligência da Corporação de que a movimentação de tropas de unidades especiais, entre as quais do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e do Grupamento Aeromóvel (GAM), estivessem sendo monitorados pela organização da qual os três detidos fazem parte. As unidades especiais da Corporação já vinham adotando contramedidas para lidar com essa possibilidade e nesta terça-feira tiveram êxito em deter os envolvidos.
Na região da Cidade Nova, a câmera que monitorava o Batalhão de Choque também foi localizada. Uma testemunha que trabalha nas mediações do BPChq reconheceu uma das mulheres presas na ação, como alguém que mantinha um negócio de fachada no local aonde ia para ter acesso aos dados coletados pela câmera. A câmera foi apreendida e encaminhada para a 21ªDP, onde a ocorrência foi registrada.
