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Foragido, um dos chefões da Rocinha foi condenado a sete anos de prisão

Apontado como um dos chefes do tráfico na maior favela da América Latina, a Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, John Wallace da Silva Viana, o Jhony Bravo, foi condenado pela Justiça em novembro a sete anos de prisão por um processo aberto em 2003 quando já integrava a quadrilha que controla a venda de drogas na comunidade. Jhony encontra-se foragido e domina a parte baixa da Rocinha. PMs infiltrados no tráfico investigaram bandidos A investigação começou a partir da apreensão de um telefone celular de supostos traficantes. Um policial militar passou a manter contato (sob a supervisão da autoridade Policial e guarida de decisão judicial) com os acusados e tomou conhecimento da estrutura organizacional do tráfico ilícito de entorpecentes na comunidade da Rocinha. Através dos encontros entre os agentes da ação controlada e os membros da organização criminosa foi possível monitorar a dinâmica da quadrilha, os locais da guarda de armas, drogas e entrega de dinheiro, locais, estes, filmados. (áudios e imagens capturadas através das câmeras escondidas instaladas nas armas utilizadas pelos agentes da lei). Observou-se que, dentro de cada comando (parte alta e baixa), existiam subchefias, as quais eram exercidas pelos diversos réus do processo, além de outros cujos processos foram desmembrados. Nesta ação controlada feita pela polícia, um PM infiltrado se passava por agente corrupto a fim de identificar os traficantes. Ele teve diversas reuniões com Jhony com objetivo deles passarem drogas e armas. O PM infiltrado afirmou que os bandidos davam uma determinada quantia aos policiais para que eles apresentassem na delegacia armas ou drogas para que eles pudessem justificar a ausência naquele local. Assim ele foi conseguindo confiança. O policial só não recebia dinheiro do Jhony a quem chamou de “frouxo” e que tentava se preservar”. Em uma das diligências, Jhony fugiu e deixou o telefone cair no chão. O aparelho estava ligado e foi constatado que alguns membros da quadrilha faziam contato com esse número tentando resgatá-lo. No decorrer da apuração, através das interceptações telefônicas e da ação controlada, constatou-se que a Rocinha era dominada na época pela facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA), que já perdeu o comando para o Comando Vermelho, em 2017. Na época, quem mandava na Rocinha mesmo preso era Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Haviam na ocasião, 55 membros confirmados no bando e identificados. Já naquela época haviam planos de tentativa de golpe de estado para colocar o CV na comunidade. A ideia era do traficante Djalma que chefiava a parte alta da favela. |
