GUERRA SANGRENTA: Quatro ‘figurões’ da milícia foram mortos na Zona Oeste na semana passada e denúncias apontam várias versões para os crimes. Entenda

A guerra entre milícias voltou a explodir na Zona Oeste do Rio de Janeiro na semana passada quando foram registradas pelo menos quatro mortes de quarta a sexta-feira de figuras importantes dentro das quadrilhas.
Várias versões surgiram para os crimes.
O primeiro a morrer foi o miliciano Kako, que foi assassinado em Curicica. Ele já foi líder da comunidade Dois Irmãos e era ligado a André Boto, cujo grupo foi expulso pela quadrilha de Edmílson Gomes Menezes, o Macaquinho, em junho. Relatos de Kako foi dar um baque na Dois Irmãos e acabou morto. No mesmo dia, outros dois homens foram atingidos na Taquara.
A segunda morte foi de José Carlos Gonçalves da Rosa, o Japão, que era frente em várias comunidades: Jordão, Covanca, Pendura e Saia, 850, Caicó e Caixa D´Água.
Dessa morte, surgiram várias versões: uma de que teria sido os traficantes do Jardim Novo, em Realengo, ligados à facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA) e uma outra que foi o Comando Vermelho (CV).
A reportagem recebeu informações desencontradas de que Japão era aliado de André Boto, depois se debandou para o lado de Macaquinho e que teria sido o bando deste último quem praticou o crime.
Na noite de sexta-feira foram mais duas mortes: uma delas de Fábio Pereira de Oliveira, o Fábio Gordo, executado em Cosmos. Já apareceram duas versões: uma de que teria sido coisa do bando, braço-direito de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, e outra de que poderia ser do grupo de Danilo Dias Lima, o Tandera.
O que foi veiculado é que Gordo ajudou os irmãos Jerônimo e Natalino Guimarães a fundarem a Liga da Justiça há quase duas décadas atrás e que, no ano passado, teria feito intriga de Wellington da Silva Braga, o Ecko, para Tandera.
Na noite de sexta também morreu o miliciano Kaduzinho, na Favela da Chacrinha, na Praça Seca. Ele era um dos principais paramilitares do Bateau Mouche. Foi falado que foi morto devido a uma disputa interna ou, então, pelo Comando Vermelho (CV).