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Homem acusado de envolvimento com a milícia do Valqueire foi condenado a nove anos de prisão. Veja detalhes como funcionava o esquema

Um homem acusado de fazer parte da milícia que foi flagrado participando de extorsão contra comerciantes em novembro de 2020 na Rua Quiririm, na Vila Valqueire, foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão: Thiago Mendes da Silva. Depoimentos de policiais e testemunhas revelaram como funcionava o esquema. Além de Thiago, o grupo contava com os vulgos Palmilha, Almir, Melô e Juninho Paraíba, Policiais militares receberam na época diversas denúncias acerca de elementos da milícia que estariam cobrando taxas de comerciantes da região, constrangendo os comerciantes e moradores a pagar por segurança. Flagraram dois suspeitos em uma moto circulando na área e realizando cobrança dos comerciantes. Eles paravam em frente aos estabelecimentos comerciais com a motocicleta, e o garupa, ora denunciado, entrava e saia dos estabelecimentos. Um dos bandidos foi pego no exato momento em que entrava em uma loja de celulares e recebeu uma quantia em dinheiro do comerciante. O suspeito trazia consigo R$ 280. O comerciante contou que trabalhava há mais de 15 anos no local e sempre pagou a taxa de segurança. Disse que os indivíduos se identificavam como ´seguranças´ e que, semanalmente, cobravam a taxa de R$ 30,00, em espécie, aos lojistas.´ Comerciantes confirmaram que normalmente eram dois suspeitos. um que apenas conduzia a moto e o outro que realizava o contato com os comerciantes; De acordo com as investigações, os mototaxistas eram vítimas assim como os comerciantes. Qualquer tipo de serviço realizado na área tinha que passar pelos milicianos, visto que monopolizam atividades como televisão e internet. As denúncias revelaram que as pessoas que se recusavam a pagar a taxa eram assassinadas ou perdiam seu imóvel. Um PM disse que o estopim da diligência foi o recebimento de diversas denúncias alegando o envolvimento de policiais militares com a milícia da região; que a equipe buscava condutas suspeitas de policiais militares na região. O acusado afirmou que trabalhava como mototaxista; que as vezes realiza entregas de quentinha no período da manhã e da noite; que ajuda no sustento de casa; que seus pais trabalham em um trailer vendendo caldo; que no momento da abordagem estava realizando uma entrega de quentinha junto a um colega;; que em nenhum momento afirmou fazer parte da milícia; que não conhece e nunca ouviu falar de Palmilha, Almir, Mêlo e Juninho Paraíba constados na denúncia; que costuma realizar entregas de quentinha na região; que conhece as vítimas por conta de seu trabalho como entregador de quentinhas. |