Casos de Políciahomicídioinvestigação

Homem que matou mulher depois de atraí-la para uma entrevista de emprego também é acusado de tentar executar vítima por causa de dívida. Confira detalhes dos dois crimes

O processo que tramita na Justiça traz detalhes sobre como Sevanil Marinho da Silva tramou a morte de Fabíola Conceição da Silva, cujo corpo foi encontrado nesta semana.

 Segundo consta, Fabíola e seu namorado, Thiago, teriam sido abordados por Sevanil, no dia 01º/05/2021, oportunidade em que ele teria oferecido um emprego à Fabíola como cuidadora de idosos, tendo declinado seu número de telefone para contato.

Conforme relatado em sede policial por uma prima da vítima, Fabíola teria saído de casa no dia 03/05/2021, informando que iria para o estado de São Paulo trabalhar como cuidadora de idosos.Fabíola teria embarcado em um coletivo na companhia de Sevanil que havia lhe oferecido o emprego no dia 03.05.2021, Ocorreu que, desde então, familiares e amigos não mais conseguiram estabelecer contato telefônico com Fabíola.

 As testemunhas ouvidas em sede policial informaram que o homem (Sevanil) atendera algumas ligações e teria dito que Fabíola estaria, voluntariamente, em uma casa de prostituição, além de ter fornecido outro número de telefone para contato. 
Com o objetivo de se esclarecer o desaparecimento de Fabíola, foi deferida a quebra de sigilo de dados e interceptação telefônica dos ramais fornecidos pelo suspeito, bem como do terminal telefônico pertencente à Fabíola –  

Com o deferimento da medida, foi possível a identificação de Sevanil Marinho da Silva como sendo o usuário das linhas telefônicas. Ademais, o namorado, que estava na companhia de Fabíola quando lhe ofereceram o emprego, compareceu em sede policial e reconheceu, por fotografia, Sevanil, como sendo o homem que teria abordado Fabíola.

. Nos autos, há imagens de Sevanil embarcando em um coletivo na companhia da vítima, antes de seu desaparecimento.

Uma outra testemunha reconheceu Sevanil como sendo o homem que a abordou com a mesma suposta oferta de emprego como cuidadora de idosos. 

Sevanil é réu em outro processo por homicídio cometido em 2010.

Segundo os autos, no dia 29 de agosto de 2010, em horário que não se pode precisar, sendo, porém, entre 18h e 18h30min, no interior do Colégio Tufy, situado na Rua Claudinéia Peixoto, Parada Modelo, em Duque de Caxias, Roberto Carlos da Silva Ferreira levou diversos tiros.  

Sevanil foi acusado de ser o mentor intelectual do crime. Ele forneceu ao atirador  informações acerca da rotina da vítima, em especial o horário em que poderia ser encontrada em seu local de trabalho, a fim de facilitar sua execução 

O comparsa dele, então, dirigiu-se até o local de trabalho da vítima, e entrou na escola chamando por ela, demonstrando interesse na compra de sua motocicleta, que se encontrava estacionada no pátio da escola. Quando já estava próximo da vítima, efetuou diversos disparos de arma de fogo na direção de sua cabeça, fugindo do local, em seguida. 

O crime não se consumou porque a vítima, após ser atingida pelos diversos disparos de arma de fogo, simulou estar morta e permaneceu deitada no chão, oportunidade em que os denunciados, acreditando que ela estaria morta, evadiram-se do local. 

O crime foi cometido por motivo fútil, qual seja, uma dívida entre o denunciado Sevanil e a vítima, não honrada pelo primeiro, fruto da compra de um veículo e uma motocicleta, cuja parcela teria vencido antes da conduta criminosa. 

Sevanil e o comparsa foram pronunciados em 2019 a irem a júri popular mas até agora não foram a julgamento. 

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