Homicídio com vítima levando 36 tiros, regalias na cadeia, informações privilegiadas da polícia, carteira de detetive de agência internacional, extorsão e aliança com traficantes. Saiba mais sobre Japonês

A quadrilha de Anderson de Souza Farias, o Japonês, agia com extrema violência.
Um rapaz chamado Jonathan da Cruz Félix, conhecido como Salsicha, prestou depoimento na 3ª DPJM no dia 02/07/2011 e foi assassinado no dia 17/07/2011 com 36 tiros.
No relato, a vítima apontou quatro dos acusados como membros desta quadrilha que estariam o ameaçando de morte, entre eles Japonês. Ele reuniu diversos disque-denúncia sobre a atuação da quadrilha e seus integrantes;
O chefão da milícia chegou a ser preso em 2011 e, mesmo de dentro da prisão, ´Japonês´ recebia informações privilegiadas que repassava aos seus comparsas, havendo inclusive indício de que ele teve informações sobre investigações contra seu grupo.
Japonês chegou a viabilizar para que um traficante dentro da cadeia ligasse para um comparsa seu para falar sobre a a possibilidade da abertura de uma boca de fumo.
Japonês possuía uma carteira ´profissional´ toda incrementada, de dar medo ao leigo só de olhar de longe, de ´Detetive Criminal´, onde constava que exercia a função de ´Agente Criminalista´, emitida por uma suposta AIIC (Agência Institucional de Inteligência Civil).
Ele era referido como patrão, pessoa bastante respeitada na quadrilha.
Um delegado afirmou à Justiça que trabalhou em diversos inquéritos em que Japonês figurava como suspeito de ter praticado diversos crimes de homicídio e outros na companhia dos criminosos como Carrapato, e Cerolzinho e outros
O relatório da CPI das Milícias da Alerj o apontou como sendo integrante da milícia em atuação no Bairro Santa Marta, em Belford Roxo, ao lado de um ex-vereador e de um PM.
A quadrilha praticava homicídios qualificados, extorsões, comércio ilegal de armas de fogo, exploração comercial de serviços de captação e distribuição clandestinas de sinal de televisão (´Gatonet´), exploração comercial de serviços de captação e fornecimento clandestinos de água potável.
Ele integrava uma uma rede criminosa crescente, que resolvia os contratempos do grupo seja de forma violenta, com a execução de desafetos (e há muitas notícias de desafetos executados), seja corrompendo policiais, mediante o pagamento de vantagens que tinham como contraprestação a garantia da permanência das atividades ilícitas da quadrilha e até o auxílio em prisões e incursões do bando.
Além disso, a quadrilha participava do comércio ilegal de armas de fogo, extorquia traficantes, estabelecia alianças com traficantes, conforme suas conveniências, sempre no intuito de angariar lucro e o melhor êxito de suas atividades ilícitas. Ademais, a quadrilha corrompia a população carente do Município com a oferta de serviços como ´gatonet´ e ´gato-água´ por preços módicos.