Homicídios, lavagem de dinheiro no Caju, ajuda para a entrada de bandidos de fora ao RJ. Veja motivos que levaram a polícia a pedir que traficante Sassá (CV) continue longe do Estado

O Superior Tribunal de Justiça negou habeas corpus formulado pela defesa do traficante Edmílson Ferreira dos Santos, o Sassá, que requeria seu retorno ao sistema penitenciário fluminense.
Sassá foi um dos maiores líderes da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA) mas depois de anos preso, se mudou para o Comando Vermelho (CV).
Ele está preso em Porto Velho (Rondônia).
Entre os motivos que levou a Polícia Civil a pedir a renovação da permanência de Sassá fora do Estado do RJ foram as prisões de lideranças do crime do Amazonas, Pará, Ceará, Amapá dentre outros, que estariam escondidos na capital fluminense. Segundo as autoridades, Sassá teria prestado assistência jurídica e enviado armamento a esses criminosos bem como o auxílio no recebimento destes bandidos no RJ.
Outras investigações que apontaram ele como mandante do homicídio de Jean Barros, vulgo Velho, em Costa Barros, em 2020, ocorrido em confronto entre as quadrilhas rivais dos complexos do Chapadão e da Pedreira sendo o criminoso o principal articulador das ações do CV na região.
Outro inquérito o aponta como envolvido na morte de Lucas Martins dos Santos em 2019 durante um ataque de bandidos do Chapadão na Pedreira.
Além disso, uma apuração identificou que parentes de Sassá se beneficiaram de um esquema de lavagem de dinheiro de cerca de R$ 50 milhões no Complexo do Caju que se utilizava de empresas que mantinham contato com uma companhia municipal de limpeza urbana.