Casos de PolíciaTiroteio
Informantes da polícia ou de rivais pagam com a vida ou escapam da morte por milagre no Rio

Informantes da polícia ou de quadrilhas rivais costumam pagar com a morte. Só o fato de os traficantes ou milicianos desconfiarem que eles podem estar ajudando policiais mesmo não ocorrendo isso, podem ocorrer represálias. Algumas da vítimas vezes conseguem escapar por milagre, fugindo, porque a arma falhou ou salvos por policiais. O InformeAgora listou casos ocorridos nos últimos anos que chegaram à Justiça. Corpos queimados Cícero Assis de Souza e Luís Fernando Tomaz de Azevedo foram mortos em 2018 em São Gonçalo mediante disparos de armas de fogo e em seguida tiveram os corpos queimados dentro de um veículo incendiado. Os assassinos praticaram os homicídios impelidos pela desconfiança de as vítimas representassem alguma ameaça ao tráfico de drogas local, fazendo-se passar por consumidores de substância entorpecente, mas, na realizade, repassando informações a policiais ou traficantes de organização criminosa rival. Comerciante foi vítima O comerciante Ernesto Lúcio foi assassinado no ano passado dentro do seu bar na Rua Sargento de Milícias 1042-A, Pavuna na Zona Norte do Rio. Ele foi assassinado porque foi considerado informante da PM por parte dos bandidos. O crime teria ocorrido por ordem do chefe do tráfico no Morro do Carrapato, em São João de Meriti, Paulo César Nascimento dos Santos, vulgo “Fedorê. ‘Dedurou’ chefão da milícia No ano passado, Vanderlei Lima da Silva, de 37 anos, foi morto em 2019 por ter passado, via mensagem de texto, a um policial civil, a localização exata de Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe da milícia que domina a Zona Oeste do Rio. Tiros na mão e fuga milagrosa Em abril de 2018, na comunidade da Covanca, em Jacarepaguá, L.S.V.M, considerado delator dos traficantes, foi submetido a sofrimento físico por parte de 15 suspeitos como forma de punição. A vítima foi arrastada para fora de sua residência pelos agentes armados de pistolas e facas, e amarrada com um arame sob alegação de ser informante da polícia. Os criminosos começaram as agressões com pauladas. No intuito de continuarem a tortura e para que a vítima fosse executada a seguir, a levaram para localidade conhecida como ´Torre Quebrada´, onde as agressões continuaram ´Em certo momento, um dos líderes do tráfico ordenou que desamarrassem a vítima e que este estendesse a mão esquerda, atingindo-a com dois disparos de arma de fogo, porém, quando ia desferir o terceiro, o rapaz reagiu desarmando-o e fugindo do local. Corpo jogado na Baía Pâmela Regina da Conceição foi assassinada em 2017 por traficantes da Favela da Kelsons, na Penha. Seu corpo foi retirado das águas da Baía de Guanabara por bombeiros. Seu ex-companheiro relatou na época que ela era informante da polícia, por isso acabou morta. Vítima sobrevive a tiros Em 2017, R.S.A escapou da morte. Traficantes de Saquarema, na Região dos Lagos, desejavam que fosse instalado em definitivo um ponto de venda de drogas na vila cuja proprietária era a genitora da vítima. Como o rapaz se recusou, os bandidos se revoltaram e passaram a desconfiar que o ofendido fosse informante da polícia, tentando ceifar a sua vida. Os criminosos renderam a vítima e efetuaram disparos sem que o alvo pudesse se defender. R.S.A sobreviveu. Jogaram álcool no corpo Em 2017, dois rapazes chamados de Gabriel e Rian, ao serem considerados X9 de rivais por traficantes da Rocinha, foram agredidos com pedaços de madeira. Os criminosos jogaram álcool no corpo dos jovens e ameaçaram atear fogo. Com a chegada da polícia, os bandidos fugiram e a dupla se livrou. Pontaria falha salvou vítima Um erro de pontaria salvou a vida de um homem em 2017 em Teresópolis, na Região Serrana do Rio. Acreditando a vítima ser X9 (informante), bandidos atiraram em seu carro mas erraram o alvo. Arma não disparou Milagre salvou a vida de S.C.C em 2016, na cidade de Guapimirim. Ele estava em um bar de sua propriedade quando um criminoso, juntamente com um adolescente, tentou efetuar disparos de arma de fogo contra a vítima, no entanto, a arma de fogo utilizada não disparou. O autor dos tiros trabalhava para um chefe do tráfico no município e tentou matar o comerciante por considerá-lo um informante de PMs. ´Traição’ à milícia Em 2016, José Marques Campos e Marcos Vinícius do Nascimento Campos foram assassinados em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Eles supostamente integrariam uma milícia e foram mortos porque os comparsas acreditavam que eles fossem informantes da Polícia Civil. Morto na Baixada Também em 2016, Guilherme de Souza Barbosa foi assassinado em Queimados, na Baixada Fluminense. Foi morto em razão de desentendimentos bem como por acreditarem ser a vítima um informante da polícia. Morto porque tinha PMs clientes No começo do ano de 2016, Martins Rocheti foi morto em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Ele tinha pois teria uma loja de material de construção, no qual alguns clientes eram policiais e realizavam compras no estabelecimento da vítima. ‘Tribunal do Tráfico’ na Maré Apontado como informante dos órgãos de segurança pública, William Mendes da Silva teve fim trágico em 2014. Ele foi julgado por uma espécie de tribunal do tráfico no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. O corpo do rapaz ficou cortado de tantos tiros que levou. Foi incendiado e jogado dentro de um canal. Pedras e destroços sobre o corpo No mesmo ano, Nelito Pires da Cunha foi morto em Silva Jardim, no interior fluminense, porque bandidos achavam que a vítima atuava como X-9 da polícia, a amarraram, espancaram, jogaram destroços de obras sobre ela – pedaços de manilhas -, e por fim, atearam fogo, causando a sua morte. |
