Casos de PolíciaDenunciainvestigaçãomilícia

Investigação aponta que milícia do Campinho e do Fubá foi a primeira a se associar com o tráfico no Rio. Veja quem é o faz tudo dos chefes do grupo. PM pesquisa placas de viaturas reservadas de delegacia especializada

Uma investigação feita entre junho de 2020 e fevereiro de 2022 revelou a atuação da milícia do Campinho e do Fubá que consiste na distribuição clandestina de sinal de TV a Cabo e de internet, em constrangimentos ilegais e extorsões contra moradores e comerciantes, agiotagem e comercialização de entorpecentes.

A organização criminosa teria sido o primeiro grupo paramilitar a se associar a grupos de traficantes de drogas com a aliança com criminosos do Complexo da Serrinha, em Madureira, passando a autorizar a venda de entorpecentes nas comunidades subjugadas à malta, originando o fenômeno popularmente conhecido como narcomilícia.

Tem participação fundamental nesta cadeia criminosa o miliciano de vulgo Bicudo,  apontado como lugar-tenente de seus chefes  (Macaquinho e Leleo)  se desempenha as funções de gerente, cobrador e contador da organização criminosa, além de ser o motorista dos veículos utilizados por seus superiores hierárquicos. 

Leleo, que está solto, Caberia a ele o contato com o PM, que a princípio, ficou responsável por pesquisar as placas de viaturas reservadas de uma delegacia especializada

O  inquérito policial demonstrou, estreme de dúvida, que os criminosos atuam livremente nos moldes de uma verdadeira organização criminosa, ostentando armamento de guerra e apresentando características próprias deste tipo de grupo mafioso: poder hierárquico, controle territorial, divisão de tarefas, conluio com outros criminosos e relação promíscua com agentes da segurança pública.

Restou apurado que os denunciados tomam parte em sofisticada cadeia de atividades ilícitas, tais como cobrança de “taxa de segurança”; “taxa de circulação” do transporte alternativo; ágio sobre a venda de imóveis, materiais de construção, alimentos, água, botijões de gás; além de cobrança sobre serviços básicos como coleta de lixo, fornecimento de luz e águ, comercialização de entorpecentes.. Negociam, ainda, a aquisição de armas e munições de uso restrito.

Para alcançar seus desideratos ilícitos, os denunciados e seus comparsas promovem o patrulhamento armado das comunidades, por meio do qual mantêm o controle geográfico, bélico, financeiro e logístico da região, rechaçando qualquer tentativa de invasão das localidades, seja por milicianos ou traficantes de drogas integrantes de grupos criminosos rivais, além de buscarem transmitir falsa sensação de segurança para a população local, sob cujo pretexto é realizada a cobrança da malfadada “taxa de segurança”.

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