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Investigação esclarece dinâmica da morte de PM em razão de guerra entre milícias em Belford Roxo

Milicianos feridos determinaram que um motorista levassem um policial militar, também baleado, para o Hospital do Joca, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, em 10 de abril deste ano, após um confronto entre quadrilhas rivais de paramilitares.


O policial, identificado como Luis Carlos de Almeida Júnior, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. Ele também era envolvido com milicianos, segundo investigação.

No dia 10/04/2020, a testemunha E.C.F, trafegava com seu veículo, quando foi abordada por homens armados e feridos, os quais ordenaram que levasse a vítima Luis Carlos para o hospital do Joca, em razão do mesmo estar ferido e ser policial militar. 


Deste modo, uma dupla de PMs se dirigiu à Rua Luís Delfino, bairro Santa Maria onde encontraram um automóvel VW Onix, placa LSZ-8176, o qual se encontrava com as portas abertas, inúmeras avarias e sangue.
No local, os agentes foram abordados pela vítima M.C.L o qual informou ter sido vítima de roubo, perpetrado por elementos que estavam a bordo do veículo Onix, placa LSZ-8176.


 Após a chegada de outras viaturas da Polícia Militar, os policiais verificaram que, alguns metros após, se encontrava outro automóvel, qual seja, o veículo FORD Ka, placa QUY-2136, também com marcas de tiros (fls.22/23) .


Em suas declarações em sede policial, M.C.L narra que trafegava a bordo de seu automóvel FIAT Uno Vivace, placa OLZ-8B43, em 10 de abril de 2020, por volta de 21h quando foi abordado por três indivíduos armados, na Rua Franklin Doria, bairro Santa Maria. 


Na ocasião, os indivíduos anunciaram o assalto, ingressando no automóvel da vítima e se evadindo do local. De acordo com M, os elementos carregavam um outro homem, o qual encontrava-se ferido por disparo de arma de fogo, afirmando ainda que momentos antes de sofrer o assalto, tinha visualizado tais criminosos participarem de uma troca de tiros. 


Após colheita de informações pelo serviço de inteligência da DHBF, constatou-se que Paulo Cesar, vulgo Piu, estaria dirigindo o veículo onde também se encontrava Rafael, vulgo Macalé. 


Na ocasião, os envolvidos foram surpreendidos por disparos de arma de fogo oriundos de outro veículo envolvido na dinâmica criminosa, ocorrendo a troca de tiros, que vitimou o PM e na qual foram lesionados Piu e Macalé.


Assim, ocorreu a troca de tiros entre os dois grupos de milicianos, ocasião em que foram atingidos os indiciados, bem como a vítima Luis Carlos.
Por conta disso, a polícia pediu a decretação da prisão de Macalé e Piu e a Justiça decidiu pela prisão temporária dos dois.   

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