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Jovens moradoras de favela da ADA foram comprar drogas em área do CV em Macaé. Foram espancadas e dias depois, uma delas acabou morta

Duas jovens moradoras de uma comunidade dominada pela Amigos dos Amigos (ADA) em Macaé decidiram comprar drogas em uma área do Comando Vermelho (CV) e acabaram sendo espancadas por traficantes. Uma delas acabou sendo morta dias depois. O caso ocorreu em março do ano passado e é alvo de um processo na Justiça do município. Ao todo, três pessoas respondem ao crime, sendo duas mulheres, sendo que uma delas está presa. De acordo com as informações prestadas pela vítima sobrevivente D, ela elatou ter sido integrante do tráfico de drogas da comunidade Rhodia no município de Conceição de Macabu e que atualmente é usuária de drogas e moradora da comunidade das Malvinas em Macaé, locais dominados pela facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos). No dia 26/03/2020, por volta das 15 horas, Rayssa, outra vítima, a chamou para irem juntas comprar drogas na comunidade Lagomar, dominada pela facção criminosa CV (Comando Vermelho), que inicialmente recusou mas depois, resolveu acompanhar a amiga a um terminal rodoviário, próximo à comunidade, local em que permaneceu aguardando a amiga que foi buscar a droga. Relata D que pouco tempo depois, Rayssa voltou da comunidade Lagomar, na garupa de uma motocicleta, acompanhada de alguns homens em outras motocicletas, que tais homens já chegaram lhe agredindo com tijoladas e socos e que foi arrastada pelos cabelos até uma área de mata, no interior da comunidade. Dentro da mata, as duas foram agredidas, ocasião em que os agressores diziam o tempo todo que iriam lhe matar pelo fato de ser da facção criminosa rival e estar no local para observá-los. Declarou D ter tido o braço quebrado e diversos ferimentos na cabeça e só não foram mortas porque a polícia foi acionada, através de denúncia dando conta de que duas mulheres estavam sendo espancadas por traficantes do Lagomar e prontamente a guarnição chegou ao local, ocasião em que os agressores empreenderam fuga para o interior da comunidade. Em sede policial, D reconheceu os denunciados, bem como um adolescente como seus agressores, descrevendo a atuação de cada um deles na empreitada criminosa. Rayssa foi morta dois dias depois destes fatos. |