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EXCLUSIVO: Justiça abriu esse ano cinco processos por homicídios contra a antiga milícia que atuava em Itaboraí. Um deles descreve que vítima foi colocada sentada em uma cova e executada com tiros na cabeça. Em outro caso, homem que recolhia dinheiro do tráfico na Reta Velha (CV) foi sequestrado e morto

A Justiça abriu esse ano pelo menos cinco processos que vão julgar acusados de homicídios cometidos pela milícia que atuava no município de Itaboraí  a partir de 2018. O grupo já teve vários condenados em outras ações.


Um casos já disponibilizados no site do TJ-RJ foi o assassinato de Marcos Antônio do Amparo Vieira 

O crime foi cometido naa data de 22 de março de 2019, por volta das 20:30h, na Rua Dezoito, lote 22 – Caluge, 

Uma testemunha contou que Marcos foi surpreendido pelos denunciados no interior de sua residência, oportunidade em que tentou fugir, correndo e tentando pular o muro, todavia foi alvejado no braço e levado a um cemitério clandestino em Vila Rica, onde foi colocado sentado à beira de uma cova e alvejado com dois tiros na cabeça. 

O corpo da vítima somente foi encontrado, pela colaboração da testemunha, que indicou onde se encontrava o cemitério clandestino, tendo sido encontrada 12 ossadas humanas no local, sendo um desses a vítima, que foi comprovado através de exame de DNA.

Apesar do relato, a Justiça não decretou a prisão preventiva dos acusados sob alegação de que a denúncia veio instruída apenas com as declarações do  colaborador  sem que haja qualquer outra prova que a corrobore a autoria imputada aos acusados.

Outro caso disponível na página do Tribunal descreve o assassinato de José Alexandre Ribeiro Lima

Narra a denúncia, em apertada síntese, que os acusados, entre os dias 02 e 09 de abril de 2019, por volta da 01 hora, efetuaram disparos de arma de fogo contra a vítima causando-lhe sua morte e, após, ocultaram o seu cadáver, enterrando-o no cemitério clandestino na localidade de Itamarati/Visconde. Mas a Justiça também negou a prisão preventiva dos suspeitos.

Nelson Luiz Brotto Machado foi assassinado pela milícia em data de 23 de março de 2019, na comunidade da Reta Velha. A vítima e outro elemento foram surpreendidos pelos paramilitares quando estavam na condução do veículo Ford Fiesta Branco no interior da favela e foram sequestrados, oportunidade onde foram levados a um cemitério clandestino em Vila Rica, nesta comarca, onde a vítima Nelson foi alvejada a tiros.

O corpo da vítima somente foi encontrado, pela colaboração da testemunha, que indicou onde se encontrava o cemitério clandestino, tendo sido encontrada 12 ossadas humanas, sendo um desses a vítima, que foi comprovado através de exame de DNA. Segundo relato da testemunha, a vítima era responsável por recolher o dinheiro oriundo da venda de drogas da Reta Velha para entregar ao traficante à “frente” da comunidade.

Neste fato também a Justiça indeferiu o pedido de prisão preventiva dos suspeitos.

Igor Santana Coutinho foi outra vítima do bando mas o crime não foi descrito ainda nos autos.

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