Casos de Políciamilícia

Lavador de dinheiro de Ecko era ajudante de entrega, recebia salário mínimo e se tornou ‘dono’ de fortuna de R$ 15 milhões

Carlos Roberto da Silva Rocha, o Kadu do Gás, dizia trabalhar como autônomo no ramo de venda de gás de cozinha, como ajudante de entrega recebendo um salário mínimo mensal.

Em menos de dez anos, seu patrimônio multiplicou de forma avassaladora, chegando a possuir 27 estabelecimentos avaliados em quase R$ 15 milhões.

Apenas duas empresas tinham funcionários registrados atualmente, o que demonstra incompatibilidade com o montante de valores movimentados e que Kadu lavava o dinheiro do crime organizado utilizando-se de firmas de fachada para dar licitude ao dinheiro da milícia.

Um motorista se tornou sócio de Kadu do Gás sem qualquer registro de funcionário na empresa. Essa firma movimentou no período de 02/01/2019 até 13/03/2019 o montante de R$ 750.700,00.

Restou claro a participação dos investigados na prática do crime de
lavagem de dinheiro, originado de um monopólio violento da exploração de venda de botijões de gás em localidades dominadas pela milícia, em que antigos proprietários são obrigados a largarem seus ofícios cedendo espaço para que milicianos explorem a atividade e façam da venda dos botijões de gás, criando mais uma fonte de renda aparentemente lícita da organização.

Carlos Roberto é o principal articulador da venda e revenda de botijões
de gás associado à organização criminosa liderada por Danilo Dias Lima, Vulgo “Tandera” e Welington Da Silva Braga, vulgo “Ecko” em áreas dominadas pela milícia. Ele é o verdadeiro líder desta parte da organização em que, além de financiar o grupo criminoso, lava dinheiro ilícito derivado das extorsões e roubos que a quadrilha pratica diariamente.


Mostrar mais
Botão Voltar ao topo