Leia como a polícia deu o flagrante em milicianos cobrando comércios na Estrada da Boiúna. Um dos presos revelou os valores (R$) do esquema. Ambos foram condenados

Em 18 de março do ano passado, policiais tiveram a informação que milicianos estariam efetuando cobrança ao comércio na localidade da Estrada da Boiuna, em Jacarepaguá, e que o paramilitar que tinha os vulgos de Pará, Bradock e 01 da Boiuna estaria dirigindo um veículo Fiat Mobili Branco para efetuar as cobranças aos comerciantes.
Diante de tais informações, policiais civis se dirigiram até o local na parte da tarde já tendo ciência de que a cobrança estava em andamento.
O carro estava estacionado na calçada embaixo do viaduto da Transolímpica, próximo a um lava-jato, que Pará e o comparsa Paulo Henrique cobraram horas depois.
Momento seguinte, Pará começou a transitar pela Estrada da Boiúna, tendo parado o veículo para que o comparsa entrasse no automóvel, e assim continuarem, juntos, a realizar cobranças.
Seguidamente, Pará, desceu do veículo e foi cobrar o depósito de bebidas situado na Estrada do Engenho Velho, tendo a equipe de policiais filmado o momento em que o denunciado voltava da cobrança.
Importante salientar que nesse momento, os agentes da lei “printaram” uma imagem da filmagem de “Pará e enviaram para o WhatsApp funcional da DRACO-IE, para colaboradores que confirmaram ser o miliciano “01” da Boiuna, conforme informações inseridas nos autos.
Diante de todas as evidências, os policiais decidiram abordar a dupla de milicianos no próximo comércio, qual seja, uma academia de musculação, que fica ao lado da oficina situada na Estrada do Engenho Velho..
Nesse momento, parte da equipe de policiais abordou o veículo Fiat Mobili, onde estava Pará, enquanto os demais agentes efetuaram a abordagem de Paulo Henrique, que fazia a cobrança da academia e tentou fugir, tendo sido capturado e contido.
Foi efetuada a revista pessoal nos suspeitos, não sendo encontrada arma de fogo. Todavia, durante a revista ao veículo, foram encontrados um coturno e um “porrete”, que foram apreendidos.
Paulo disse que, por estar desempregado, seu conhecido, de vulgo “PQD” o indicara para trabalhar com cobranças juntamente com o acusado de vulgo “Pará” e que, no mês de março, este o procurara para realizar as cobranças dos comércios situados na Estrada da Boiuna.
Detalhou que realizara mais de trinta cobranças somente no mês. Afirmou que o acusado “Pará” fazia cobranças variadas entre R$ 20,00 e R$ 50,00 e que geralmente o chamava às sextas-feiras para realizá-las.
Narrou que recebia o valor de R$ 200,00 a R$ 250,00 todas as vezes que acompanhava “Pará” nas cobranças.
Pará afirmou: “que o veículo que estava com ele foi comprado pelo Facebook; que não sabia que o veículo era adulterado; negou a prática de qualquer ilícito.
Pará foi condenado a 12 anos e 20 dias de prisão. Paulo Henrique pegou dez anos e quatro meses.