Marquinho Catiri extorquia políticos para deixar eles fazerem campanhas eleitorais em seus redutos. Veja outras hipóteses para o assassinato do chefão da milícia

A milícia de Marquinho Catiri controlava a realização de campanhas eleitorais, exigindo vantagem econômica para que estas pudessem ser realizadas dentro das comunidades em que a quadrilha dominava, segundo um relatório do Superior Tribunal de Justiça.
De acordo com o documento, há várias interceptações telefônicas em que Catiri e comparsas eram citados como membros da organização criminosa.
Estes promoviam a cobrança a comerciantes e moradores, a título de taxa de segurança, de percentual devido sobre a venda de imóveis, pelos serviços prestados pelas concessionárias públicas, como a energia elétrica.
A milícia de Catiri estava exigindo dinheiro da operadora TIM e que o dinheiro seria para liberar o sinal das antenas que foram desligadas pelo grupo criminoso.
O bando costumava se reunir em um rancho, que se situa atrás do ´lixão, na localidade conhecida como ´boqueirão´ no Catiri´, próximo ao presídio. Uma outra atividade do grupo era ocupação irregular e comercialização de terrenos na localidade
Além da suspeita de que a morte de Catiri pode ter sido obra do Comando Vermelho, há outras hipóteses para o crime: uma delas de que a contravenção poderia estar envolvida já que, segundo o portal G1, haveria uma investigação que apontava a ligação de Marquinho com o bicheiro Bernardo Bello, preso este ano.
A outra hipótese seria de que o crime poderia ter sido cometido por milicianos rivais a Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que estariam se abrigando em Padre Miguel e Bangu, áreas de domínio de Catiri, e poderiam ter contado com a ajuda de alguém de dentro da própria quadrilha de Marquinho.
Ainda sobre o CV, durante a semana, surgiu a informação de que os milicianos das comunidades do Guarda, Rato Molhado, Águia de Ouro e Fernão Cardim e Skol em conjunto com soldados de Saracuruna, todos redutos de Catiri, planejavam retomar a Coreia, em Del Castilho, e tomar a Bandeira 2 dos traficantes.
A milícia de Catiri também teria sofrido um racha interno há cerca de um ano e, por conta disso, diversos homicídios teriam ocorrido desde então. Na própria Favela da Guarda, onde ocorreu a morte, o grupo estaria rachado e teriam sido registrados conflitos na região pelo poder.
Os principais integrantes da quadrilha são Ademir, Wolber, Luciano, Valmir e Alan Monteiro, este último preso ano passado após sair de um baile na comunidade do Guarda.