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Matador de policial federal em Santa Cruz contou como praticou o crime: ‘Ele me pediu calma e dei de quatro a cinco tiros’

Um dos presos por suspeita de matar o policial federal Ronaldo Heeren em fevereiro na comunidade do Rola, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, Wenderson Eduardo Rodrigues Francisco, o Cara de Vaca, contou à Justiça como teria praticado o crime.

No seu interrogatório, ele falou que, quando avistou a viatura descaracterizada dos policiais, desceu do carro empunhando o fuzil, que fazia uso naquele momento, e apontando para o veículo, ordenando que baixassem o vidro do motorista; que a porta abriu, sem que o condutor desembarcasse; que um dos policiais disse: “calma, calma”; e ele efetuou disparos em seguida, foram de quatro a cinco tiros em direção à viatura, segundo seu relato à Justiça.

Contou também que seu comparsa, Dejavan Esteves dos Santos, o Armeiro, também efetuou disparos para o carro dos policiais.

Ele contou um pouco de seu trabalho na milícia. Disse que pertencia ao GAT que era responsável pelas rondas e segurança, atuava em turnos de 24/48 (24 horas de trabalho e 48 de descanso), recebia R$ 500 por semana e às vezes trabalhava armado. Armeiro falou o mesmo.

A investigação concluiu que eles atuavam em organização delinquente constituída com o precípuo objetivo de auferir altos e reiterados ganhos pecuniários ilícitos por meio de rotineiros crimes patrimoniais diversos, sobretudo extorsões, viabilizados por miríade de outros crimes, acessórios, de viés violento e mesmo hediondo, crimes contra pessoas, por meio dos quais pretendeu, e de fato conseguiu, implantar estrutura de poder paralelo armado com controle de vastas áreas e múltiplas comunidades ondedita e impõe regras e explora, pelo terror e coação, diversas atividades lucrativas, monopolizando o crime nos moldes de uma organização mafiosa.

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