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Mesmo preso, ‘Senhor das Armas’ comanda quadrilha de traficantes em Niterói. Saiba mais

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Investigação revela que o traficante Antônio Jorge Gonçalves dos Santos, o Senhor das Armas ou Tony, mesmo preso em penitenciária federal fora do Estado, comanda uma quadrilha de criminosos nas comunidades da Fazendinha, Mato Grosso e Cocada, em Niterói.

Como ‘dono’ do Mato Grosso, ele coordena  a atuação dos comparsas, denominados ´frentes´ ou ´gerentes´, indivíduos diretamente subordinados a ele.

QUEM É O SENHOR DAS ARMAS

Tony negociava armas e drogas para a facção Comando Vermelho (CV), e possuía contatos com os cartéis de drogas na fronteira do Brasil.  Sua atuação foi principalmente na década de 2000.

Por meio do esquema de Tony, cerca de 500 novas armas chegavam anualmente às mãos de traficantes cariocas. Desde 2007, quando começou a investigação, cresceu o número de armas apreendidas oriundas da Bolívia e do Paraguai.


A metralhadora ponto 30, antiaérea, era uma das especialidades de Tony. Na Bolívia, ele comprava a US$ 10 mil e a revendia a R$ 60 mil no Rio. O bandido também negociava munição, pistolas, metralhadoras e fuzis. Somente em um mês, negociou 39 fuzis com bandidos dos complexos da Penha e do Alemão

Ele montou bases em cidades do interior de Minas e Goiás e não tinha endereço fixo. Era de Uberlândia que ele seguia para cidades como Ponta-Porã, próximo à fronteira paraguaia, e Corumbá, quase na Bolívia, onde estavam seus principais abastecedores.

OUTROS LÍDERES E COMPARSAS
 
Outro líder é Pêra ou Cocão,  que seria o dono das bocas de fumo na comunidade da Fazendinha, e apesar de preso, possui o domínio dos fatos ocorridos naquela comunidade, sendo apontado como o líder que permitia a prática de roubos no local, tendo em vista o seu histórico de crimes dessa natureza.
 
Ocorre que líderes das comunidades adjacentes o pressionaram, tendo em vista o aumento de operações policiais na região, ocasião em que Pêra deu ordens para cessar a prática de roubos por parte de integrantes da comunidade da Fazendinha, executando quem descumprisse tais comandos.

 
O denunciado ´Chaves´, é o frente da Fazendinha,  responsável direto pelo ponto de venda de drogas, o qual possuía o maior poderio bélico das três comunidades investigadas, contendo uma espingarda .12 e dez pistolas. 

´Couro Seco´, é o frente da Cocada. Codorna é o frente da Mato Grosso e recebe as ordens do ‘Senhor das Armas’ e repassa aos demais. 

Pedro Sagaz é  apontado e reconhecido como ´administrador´ ou ´gerente´ do Mato Grosso e repassa as ordens de Antônio Jorge para Codorna.

Gilmar seria o novo frente da Cocada após a prisão do ´Couro Seco´, tendo como função a administração do ponto de venda de drogas.
O Mato Grosso ainda tem Pedro Bala (gerente), Pelanca (segurança) e Mulher Bandida, Bigode, Macaco e Playboy. 

A Cocada teria ainda MT da Cocada, Sandrinho, DG, Léo ou Gordinho, Bebel e Gutinho, ambos seguranças, Da Nike, Big Big e MT do Pocinho, que atuam como atividades portando rádio transmissor e arma de fogo, responsáveis por ficar em pontos estratégicos e comunicar a presença de ameaças ao comércio ilícito da região. Gaspar é o vapor responsável pela venda do material entorpecente.

Na Fazendinha,  Mumuzinho é o vapor e a quadrilha ainda conta com Bermudão e Gigante.

Há ainda vários adolescentes no bando que atuam como atividades ou vapores. 

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