Casos de Políciamilícia

Milícia de Ecko movimentou R$ 160 milhões em apenas um mês

A milícia Liga da Justiça, comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, movimentou só no mês de janeiro deste ano aproximadamente R$160 milhões. Além disso, investiu em 33 imóveis, 115 veículos e outros 207 bens que perfazem R$ 29 milhões.

A investigação, iniciada a partir de relatório de inteligência financeira do Coaf, apurou que a organização criminosa usava uma empresa distribuidora de gás para fazer a lavagem de dinheiro proveniente da prática de crimes. A quadrilha atua em bairros da Zona Oeste e nos municípios de Nova Iguaçu e Seropédica, na Baixada Fluminense.

De acordo com o apurado, foram identificadas movimentações incompatíveis dos investigados e pessoas jurídicas em mais de R$ 1 milhão, entre os anos de 2016 e 2018. O bando teria movimentado ainda cerca de R$ 28 milhões de transações atípicas, no período de 2018 a 2019.

Durante as investigações foram identificados ainda outros crimes praticados pela organização criminosa, que impedia a livre concorrência de empresas e serviços nas regiões onde agem, obrigando os moradores a consumirem produtos e serviços oferecidos ilegalmente por eles. A quadrilha é investigada pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais e crime contra a ordem econômica.

Nesta terça-feira (28), a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), por meio do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), a Receita Estadual e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizam, a operação Pax Romana para cumprir cinco mandados de prisão e 68 de busca e apreensão contra os paramilitares A ação visa ainda a indisponibilidade dos bens. Até o início da tarde, quatro pessoas tinham sido presas.

Foram requeridas as prisões de Carlos Roberto da Silva Rocha, vulgo Cadu do Gás, Rogério Caetano da Silva, Josilene Mariano da Silva Rocha, Daniel Rosa da Silva e Marcelo Dias da Silva.

Segundo apurado, Carlos Roberto Da Silva Rocha, vulgo “Cadu do Gás” tinha participação societária em 27 empresas. Dentre essas empresas, 15 eram em sociedade com a sua companheira, a investigada Josilene Mariano da Silva Rocha, todas com movimentações atípicas apontadas no RIF. No entanto, o investigado Carlos Roberto, atualmente, consta como sócio em apenas oito empresas, demonstrando que ele vem se desfazendo de seus bens e inserindo pessoas interpostas para que ele não figure como principal envolvido e, por conseguinte, sofra bloqueios e demais medidas constritivas em seu patrimônio.

Participam da operação policiais das Delegacias de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), Fazendária (Delfaz) e 26 DP (Todos os Santos).

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