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Milícia mudou forma de cobrança a comerciantes: andam desarmados, com carros bons e pessoas novas no grupo fazem o serviço mas medo das vítimas persiste. ‘Se mencionar que foi loja tal, amanhã tá morto’

Os milicianos teriam abandonado a prática do kit milícia para fazer cobranças a comerciantes e moradores. 
O chamado kit era formado por um carro clonado, uma arma, e o dinheiro.  

Agora a cobrança se dá sem o emprego de arma de fogo, com carros bons, não no nome dos paramilitares, mas que não sejam adulterados.

A constatação foi feita por agentes da delegacia de Itaguaí que investigavam a atuação de um grupo que atuava no município e na cidade vizinha de Seropédica. 

“No tocante a cobrança eles mudaram a dinâmica, para, no caso de uma prisão, ter menos elementos. Eles andam desarmados, geralmente, e são pessoas novas no grupo, recrutadas, porque se forem presos não causa tanto prejuízo. Não há violência,, geralmente eles só passam para recolher”, disse um policial.

O mesmo agente disse que primeiro os milicianos vão ao bairro, totalmente armados, para inibir ou tentar intimidar o comerciante, e informar que vai passar o pessoal por ali fazendo a cobrança; que, posteriormente, vem o pessoal fazendo a cobrança, desarmado. 

Só o que não mudou foi o medo dos comerciantes. No caso em questão, um lojista ligou para a polícia para afirmar que os paramilitares iam extorquir.

A pessoa estava muito nervosa do outro lado da linha, querendo desligar logo,  dando a entender que estava sofrendo ameaças ou alguma coisa nesse sentido,

“Os comerciantes, eles tem medo de morrer; que não pode mencionar que foi comércio tal, pois amanhã ele está morto”, falou outro policial.

Outro fato revelado pelos policiais que investigam a área é que havia uma disputa entre milicianos de Tandera e Zinho pelo controle da região sendo que já houve casos de um grupo roubar dinheiro do outro que havia acabado de extorquir.

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