Miliciano do grupo de Zinho foi condenado em 2021. Saiu da cadeia e em menos de dois meses foi pego de novo com armas e recebeu nova sentença. Tem mais de dez anos de cana para cumprir

Um miliciano do grupo de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, recebeu duas condenações em pouco mais de um ano.
No primeiro processo que respondeu, em 2019, Laranjinha pegou cinco anos e seis meses de detenção em fevereiro de 2021.
Na sentença foi descrito que ele tinha como atribuição a vigilância dos acessos dos locais de domínio da organização.
Informações de inteligência apontaram que Laranjinha vinha atuando efetivamente na empreitada da milícia, que resultou na expansão do domínio territorial para as comunidades do Rola (Rodo) e Antares, em Santa Cruz.
Em uma ligação, um homem não identificado perguntou a ele se o mesmo sabe montar e desmontar 7.62 (fuzil) repreendendo o mesmo pedindo para que tratasse da arma apenas pelos últimos números, tendo o interlocutor dito que sabia montar e desmontar tanto o 7.62 quanto 5.56 (fuzis).
A outra condenação veio no ano passado. Desta vez foram de quatro anos e oito meses.
O fato que levou a sentença ocorreu quando Laranjinha foi flagrado por PMs do 27º Batalhão (Santa Cruz) que estavam em patrulhamento de rotina na Rua Felipe Cardoso.
Na ocasião, um motorista contou a PMs que estava sendo ameaçado por Laranjinha.
O suspeito foi localizado e se identificou como membro da ‘Firma’ (milícia). Afirmou que trabalhava na segurança da quadrilha e que havia saído do presídio há dois meses.
Ao revistarem o veículo, os policiais arrecadaram em seu interior 1 (uma) pistola GLOCK preta 380, numeração bew247, com 15 (quinze) munições intactas, 1 (uma) bolsa de cor preta contendo um carregador com 15 (quinze) munições intactas, 1 (um) miolo de chave de porta, 1 (uma) chave de veículo e 1 (um) chip telefônico novo, além de 8 (oito) envelopes brancos contendo nomes e valores, e dinheiro em espécie, no valor total de R$4000,00 (quatro mil reais).