Miliciano foi preso com Covid-19 junto a outros quatro se preparando para extorquir moradores e comerciantes do Quitungo

Um miliciano com Covid-19 se reuniu com outros quatro para realizar cobranças no conjunto habitacional Quitungo, em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio. Os cinco foram presos em abril na Rua Oliveira Belo, esquina com Estrada do Quitungo.
Sua defesa apresentou um requerimento médico com a informação de que ele havia sido diagnosticado com a doença no dia 13 de abril de 2021, ou seja, dois dias antes da prisão.
Portaria do Ministério da Saúde determina que, pessoas com coronavírus devem ser mantidas em isolamento de, ao menos, 14 dias, com o fim de evitar sua disseminação e consequente propagação da doença.
Tal determinação foi desrespeitada pelo miliciano que, além de estar reunido com mais 4 pessoas numa esquina em via pública, com certeza interagiu com outras tantas, contribuindo para a propagação do vírus.
Os milicianos foram flagrados com duas pistolas, oito carregadores e 80 munições.
Policiais civis da DRACO diligenciavam pelo bairro averiguando denúncias de comerciantes e moradores no sentido de que milicianos realizariam a cobrança da taxa de segurança naquele dia, iniciando pela Rua Oliveira Melo por volta das 17 horas.
As informações eram no sentido de que o grupo se dividiria em dois subgrupos, onde um recolheria os valores, enquanto o outro faria a segurança armada.
O veículo GM/Cobalt estava na posse de um dos denunciados e em seu interior foram localizados 10 comprovantes de depósitos bancários em seu favor, totalizando R$ 18.330,00.
No chão, próximo ao grupo, os policiais encontraram a chave do veículo Renault/Logan, e em seu interior foram encontradas anotações da milícia sobre cobranças a estabelecimentos da região, um telefone celular, um taco de beisebol e dois coldres. Em sede policial foi constatado que o Renault/Logan tratava-se de clone, e foi objeto de roubo investigado no RO 032-00315/2021.
Posteriormente, os policiais da DRACO se recordaram de uma informação, numa das investigações conduzidas pela especializada, no sentido de que milicianos da comunidade do Quitungo utilizavam um veículo táxi para transbordo de armas, monitoramento de ações policiais e segurança de lideranças da referida milícia, visto que por se tratar de táxi é mais difícil ocorrer abordagem policial.
Por esse motivo, os policiais também abordaram o condutor do táxi. Ao ser confrontado, ele confirmou que também atuava na cobrança para a milícia e estava ali por ordem do miliciano conhecido pelo vulgo Paulinho, com o intuito de averiguar o que estava ocorrendo e quem havia sido preso.