Morador foi morto em Nova Iguaçu por tentar impedir que tráfico usasse sua laje como ponto de observação. Peixão e mais sete foram denunciados mas Justiça rejeitou.’Testemunhas disseram que ouviram falar’

Traficantes da comunidade do Inferninho, em Nova Iguaçu, executaram um morador que não deixava os criminosos utilizarem a laje de sua casa como ponto de observação. A vítima estava sendo intimidada pelos bandidos a deixar o local.
O Ministério Público Estadual denunciou oito suspeitos do caso, entre eles Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão e seu assessor direto, Rodrigo Ribeiro da Silva, o Jeremias.
A Justiça, no entanto, rejeitou a denúncia.
“A denúncia deve ser rejeitada por ausência de justa causa para a deflagração da ação penal, eis que não restou suficientemente demonstrada a existência de indícios mínimos da autoria do delito. Como é sabido, os indícios da autoria para dar ensejo a admissibilidade da denúncia devem revelar, desde logo, viabilidade para embasar a acusação penal e eventual juízo condenatório. Os elementos coligidos nos autos não são suficientes para viabilizar a pretensão acusatória, eis que não há indícios mínimos de ter sido os denunciados autores do crime descrito na peça vestibular’, dizem os autos.
Segundo ainda os autos, testemunhas ouvidas em sede policial em nada contribuíram para o esclarecimento da autoria do delito descrito, eis que prestaram depoimento apenas sobre o que ´ouviram falar´, por boatos, sem apontarem indícios efetivos da participação dos denunciados no homicídio sob investigação.
“Portanto, é forçoso convir que os elementos até agora coligidos aos autos não encerram um conjunto de indícios que autorizem o recebimento da denúncia oferecida”, completou.