Morador foi punido no Castelar (CV) e teve braço decepado. Traficantes monitoram população usando drones

Os meninos que roubaram passarinho na Favela do Castelar, em Belford Roxo, tiveram um fim trágico.
Mas um morador que teria desagradado aos traficantes teve pena mais branda mas muito cruel também: teve o braço decepado.
Os traficantes monitoram os moradores usando drones e os privam de telefones celulares, tablets e internet justamente para não serem denunciados.
Essas informações constam em investigação sobre o tráfico na favela que durou 15 meses e descobriu a participação de ao menos 26 bandidos na quadrilha que atua na comunidade. Foram monitorados 93 números de telefones.
Os criminosos usavam um grupo de WhatsApp denominado Império onde mantinham diálogos sobre o tráfico local, movimentação de traficantes em plantões e pontos estratégicos da comunidade, radiotransmissores, armas, pistolas, fuzis e drogas de toda a espécie.
Nos autos, há várias fotos e um vídeo em que os bandidos se exibem fortemente armados.
Um dos criminosos monitorados ficava no ponto da Light embalando drogas ‘crepando bagulho’ como ele mesmo diz e levando entorpecentes em uma moto.
Os bandidos foram flagrados no grupo de WhatsApp dizendo que o ‘crime está rolando’ com um emoji em alusão à facção criminosa Comando Vermelho (CV) e que seus membros seriam uma tropa.
Comentam também sobre a boca do Plínio que estaria brotando vários usuários.
Há diálogos em que os bandidos falam sobre troca de tiros com rivais, cobranças de dívidas de moradores, monitoram as ações da polícia com membros espalhados por toda a comunidade sendo algumas delas mulheres ou então sobre a venda de maconha, cocaína, crack a preços de 10, 20 e 30 reais.